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Relação bilateral entre Brasil e China é dinâmica, diz embaixador em Pequim

Publicado 11.06.2017, 18:55
Atualizado 11.06.2017, 19:00
Os investimentos das estatais chinesas no Brasil concentram-se na área de infraestrutura, sobretudo no setor energético e transportesaFábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Linhas de transmissão de energia do sistema elétrico nacional (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Os investimentos das estatais chinesas no Brasil concentram-se na área de infraestrutura, sobretudo no setor energético e transportesaFábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O embaixador brasileiro em Pequim, Marcos Caramuru, classifica de “dinâmica” a relação bilateral entre Brasil e China e ressalta que o comércio e os investimentos entre os dois países “estão em franca ascensão”.

“Nos quatro primeiros meses do ano, o superávit com a China foi responsável por mais de 40% do nosso superávit comercial. Somos um dos poucos países que têm superávit com a China. O comércio se beneficiou da maior propensão a comprar dos chineses e do fato de os preços das commodities agrícolas e minerais terem aumentado muito”, disse o diplomata.

Com seu mercado consumidor de mais de 1,3 bilhão de habitantes, a China terá demanda cada vez maior pelos produtos brasileiros, pois, na avaliação do embaixador, está melhorando as condições de vida da população e aumentando a renda per capita.

A pauta exportadora do Brasil para o mercado chinês concentra-se em proteína animal, grãos, minério de ferro, polpa e celulose. “A China não é nosso concorrente, [o país] é nosso grande comprador”, afirmou Caramuru.“No ano passado, o Brasil exportou 80% de todo o frango importado pela China e foi de longe o maior exportador de carne bovina. Também exportou em torno de 60% da soja importada pela China”.

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços brasileiro, o intercâmbio comercial entre os dois países no ano passado foi de US$ 58,49 bilhões. As exportações do Brasil para a China totalizaram US$ 35,13 bilhões com um superávit brasileiro de US$ 11,76 bilhões.

Investimentos

A região da América Latina e do Caribe é o segundo destino mais importante dos investimentos chineses, somente superada pela Ásia, segundo o Ministério das Relações Exteriores em Pequim. No Brasil, o país asiático investiu US$ 10 bilhões no ano passado, e o estoque acumulado de investimentos alcançou US$ 30 bilhões, de acordo com a chancelaria chinesa.

Os investimentos das estatais chinesas no Brasil concentram-se na área de infraestrutura, sobretudo energia e transportes, e no setor agropecuário. O embaixador brasileiro destaca a presença das empresas China Three Gorges e State Grid Brazil Holding S.A. no setor energético. No ano passado, a China Three Gorges assumiu a concessão das usinas hidrelétricas Jupiá e Ilha Solteira, no Rio Paraná.

Já a State Grid é responsável pela construção de linhas de transmissão que levarão a energia elétrica produzida na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, para a Região Sudeste.

Para Caramuru, os projetos brasileiros de concessão em infraestrutura continuarão atraindo as empresas chinesas. “Os chineses têm grande capacidade de participar de licitações e serem vitoriosos por terem acesso a financiamento e uma expertise imensa em infraestrutura”.

Joint ventures

O embaixador também destaca o amadurecimento nas relações com o estabelecimento de joint ventures (associação de empresas) entre instituições financeiras chinesas e brasileiras. Ele enumera casos recentes, como a Haitong, uma casa de investimentos de Xangai, que ao comprar o Banco do Espírito Santo em Portugal entrou no Brasil. O Banco do Espírito Santo tem atuação forte em São Paulo, segundo o embaixador.

Caramuru também dá como exemplo a Fosum, fundo de investimentos de Xangai que comprou a Rio Bravo, e o Bank of Communications que adquiriu o Banco da Bahia. “No caso da Rio Bravo e do Banco da Bahia, eles [os chineses] compraram 80% do capital e deixaram a gestão local”.

O diplomata lembra que antes as instituições financeiras chinesas se instalavam no país trazendo pessoal e modelo de gestão e esse cenário começou a mudar ao operaram em conjunto com administradores brasileiros. “Vejo a dinâmica das relações muito viva. Isso é uma coisa importante. Reflete uma melhor compreensão dos chineses sobre a nossa realidade. É um sinal de amadurecimento muito grande,” completou.

*A repórter viajou a convite do Centro de Imprensa China-América Latina e Caribe

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