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IFec Rio: 72,7% dos fluminenses que trabalham temem perder os empregos

Publicado 29.07.2020, 15:07
© Reuters.

Agência Brasil - Pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises do Rio de Janeiro (IFec RJ) nos dias 20 e 21 deste mês com 436 consumidores do estado revela que 72,7% das pessoas que trabalham temem perder seus empregos, como efeito da pandemia do novo coronavírus.

Cinquenta e oito por cento dos entrevistados estão pessimistas em relação à retomada da economia fluminense, contra 32,3% que se mostram confiantes ou muito confiantes. Indagados sobre a economia nacional, 48,4% dos pesquisados disseram estar descrentes quanto à recuperação, mas 44,7% permanecem confiantes.

Para 55,5% da população do estado do Rio de Janeiro, o medo é ter a renda familiar ainda mais reduzida em decorrência dos impactos econômicos da pandemia. Em contrapartida, 28,9% acreditam que a renda vai se manter como está e 13,1% apostam, inclusive, que ela pode aumentar.

Recobrando oxigênio

O economista do IFec Rio, Rafael Zanderer, lembrou hoje (29), em entrevista à Agência Brasil, que a paralisação das atividades, por força do isolamento social decretado para evitar a disseminação da covid-19, fez minguar o caixa das empresas do setor do comércio. Agora, após o início da flexibilização das atividades econômicas, as empresas estão “conseguindo recobrar oxigênio, mas ainda estão no meio do caminho, porque a queda foi muito violenta. Vai demorar um tempo para recuperarem o que perderam a partir da segunda quinzena de março”, analisou.

Zanderer disse que qualquer medida hoje que estimule o consumo é bem-vinda e positiva. Como exemplo, citou o Dia dos Pais, que será comemorado no próximo dia 9 de agosto.

A pesquisa aponta, entretanto, que 55,5% da população têm receio de ver a renda familiar mais reduzida. A consequência disso é limitarem o consumo ao que é essencial. “Eu mudo as minhas decisões de consumo para o que eu acho que é essencial”. O economista avaliou que o problema é que o motor importante para a taxa de crescimento da economia fluminense, que é o consumo das famílias, já estava enfraquecido, porque boa parte dos consumidores estava desempregada e outra parte permaneceu empregada mas viu seu rendimento cair. O consumo das famílias responde entre 65% e 70% de tudo que é produzido no estado.

“O resumo da história é que esse motor super importante para a taxa de crescimento da economia do Rio de Janeiro já estava fraquinho. E quando você põe o enfraquecimento adicional à potência desse motor, que são as pessoas que estão empregadas mas têm medo de perder os empregos ou ver sua renda cair, o consumo acaba sendo mais retraído”, afirmou Rafael Zanderer.

Velocidade

Isso acaba prejudicando o cenário que começava a se descortinar e que sinalizava para um reaquecimento da economia. “A economia está apontando para cima, mas a gente não sabe com que velocidade ela vai seguir adiante. Medidas que estimulam o consumo tendem a aumentar a velocidade com que a economia sobe”. O excesso de incerteza, porém, apontado pela pesquisa do IFec Rio, desestimula o consumo e pode desacelerar a velocidade para a retomada da economia. Isso significa que o futuro, estando incerto e nebuloso, tira força do motor de crescimento, que é o consumo das famílias.

A pesquisa indagou ainda aos entrevistados quais despesas seriam maiores em julho em relação ao mês anterior. O 'ranking' foi liderado pelo grupo de alimentos e bebidas, com 77,8%, seguido por luz elétrica, gás e água (55,5%); produtos farmacêuticos (42,7%); produtos de higiene pessoal (42,4%); produtos de limpeza (40,8%); internet de celular (14,2%); e produtos eletrônicos (9,6%).

Zanderer afirmou que o mês de julho poderia ser bem melhor que o de junho se as pessoas estivessem mais confiantes na economia. Os gastos primordiais em julho serão feitos com itens essenciais, como alimentos e bebidas. O resultado final da pesquisa é uma ilustração da prioridade que as famílias estão dando na hora de consumir. “A economia começa a crescer e ganhar pujança quando as pessoas começam a gastar para além do essencial”, argumentou o economista do IFec Rio.

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