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Lula se reúne com príncipe herdeiro da Arábia Saudita

Publicado 28.11.2023, 20:20
© Reuters Lula se reúne com príncipe herdeiro da Arábia Saudita

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta 3ª feira (28.nov.2023) com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em Riad, capital do país. O encontro se deu no Palácio Real Al Yamamah e contou com uma reunião ampliada, seguida de uma reunião privada com o príncipe.

Segundo o governo brasileiro, os dois discutiram o fortalecimento das relações bilaterais entre os países, investimentos nas duas direções e oportunidades para empresas nacionais no país árabe. Outro ponto foi o investimento de US$10 bilhões que o Fundo Soberano Saudita planeja aplicar no Brasil. Do total, US$ 9 bilhões estão previstos para os próximos 7 anos.

O presidente brasileiro citou a reaproximação com países árabes e o potencial brasileiro para a transição energética, além de ações de combate à crise climática. Já bin Salman disse que Brasil e Arábia Saudita são líderes econômicos de suas regiões e afirmou que esse é um “indicativo” de que uma parceria será “interessante para todos os lados”.

Eis o registro do encontro feito pelo presidente:

Esta não é a 1ª vez que Lula se encontra com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita. Em 10 de setembro, estiveram no encerramento da cúpula do G20, na Índia. Já nessa ocasião o Planalto havia afirmado o desejo de representantes sauditas de ampliar investimentos no Brasil, principalmente na área de petróleo e gás nas fontes verdes.

A visita à capital da Arábia Saudita está inserida no roteiro programado antes da COP28 (Conferência do Clima das Nações Unidas), em Dubai, nos Emirados Árabes, que começa na 6ª feira (1º.dez.2023). Antes, o presidente participa de fórum com empresários em Doha, no Qatar, na 5ª (30.nov).

QUEM É bin Salman

O príncipe Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud tem 38 anos e comanda o país de maneira autocrática. Ele foi ministro da Defesa e desde setembro de 2022 assumiu o cargo de primeiro-ministro do Reino da Arábia Saudita.

Foi Mohammed bin Salman quem deu joias no valor estimado de R$ 5 milhões ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As peças seriam um presente da Arábia Saudita tanto ao ex-mandatário brasileiro como à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os itens não foram declarados às autoridades ao entrarem no Brasil. Por essa razão, houve retenção na alfândega. O caso é rumoroso e agora deve ser tratado nos depoimentos da delação premiada de um ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

A carreira de Mohammed bin Salman foi ganhando destaque nos últimos anos porque ele passou a tomar todas as decisões no país. O pai do príncipe, o rei Salman bin Abdulaziz Al Saud tem 87 anos e sofre da doença de Alzheimer.

No início, a ascensão do príncipe ao poder foi considerada positiva nos meios diplomáticos internacionais, que esperavam um mandato reformista e modernizador. De fato, Mohammed bin Salman (que é conhecido também acrônimo MBS, com as letras iniciais de seu nome), reduziu os poderes da polícia religiosa e decretou o fim da proibição das mulheres dirigirem automóveis. A Arábia Saudita também passou a permitir mulheres em estádios de futebol.

A Arábia Saudita também tem atraído a atenção do mundo esportivo –com o apoio de MBS– por atrair jogadores de futebol de alto nível para jogar no país. O brasileiro Neymar Jr. foi contratado para atuar no país.

Ocorre que MBS tem várias histórias controversas contra si. Ele foi acusado em 2018 pela CIA (serviço secreto dos Estados Unidos) de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Em 2021, novo relatório do governo norte-americano dizia que o príncipe saudita tinha aprovado a operação que resultou na morte de Khashoggi –ainda que em 2019 a Arábia Saudita tenha condenado 5 pessoas pelo crime. Em dezembro de 2022, a Justiça dos EUA arquivou as acusações contra Mohammed bin Salman.

Nos jornais norte-americanos, MBS é costumeiramente classificado como ditador. Dados da Organização Saudita Europeia para os Direitos Humanos indicam que a Arábia Saudita teve 129 pessoas executadas por ano, de 2015 a 2022, uma alta de 82% em comparação com o período de 2010 a 2014. Organizações defensoras de direitos humanos, como a Anistia Internacional, relatam contínuas violações na Arábia Saudita.

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