Em votação interna, o deputado Mike Johnson, do Estado de Luisiana, foi escolhido pelo Partido Republicano para tentar se eleger para presidência da Câmara dos Estados Unidos. A nomeação se deu depois de Tom Emmer ter desistido de concorrer ao cargo na noite de 3ª feira (24.out.2023).
Com a indicação, Johnson, de 51 anos, se tornou o 4º republicano a tentar reunir os 217 votos necessários para se tornar presidente da Casa. Seus antecessores, Steve Scalise, Jim Jordan, e Emmer, fracassaram em reunir o apoio. A votação da candidatura do congressista no plenário Câmara está marcada para esta 4ª feira (25.out).
O deputado é uma aposta do partido. Internamente, Johnson é bem avaliado e possui apoio da ala mais conservadora da legenda, o qual foram o impasse nas votações dos candidatos anteriores.
Segundo informações da BBC, Johnson também é apoiado pelo ex-presidente Donald Trump, que havia desencorajado a indicação de Tom Emmer na 3ª feira (24.out), levando o congressista a retirar sua candidatura.
Na Câmara desde 2016, Johnson é considerado conservador e aliado de Jim Jordan. O deputado é contra o aborto e forte opositor ao uso da maconha medicinal e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Também é ex-presidente do Comitê Republicano de Estudos.
Em 2021, Johnson votou pela anulação dos resultados eleitorais no Estado da Pensilvânia. Em 2020, ele já havia apoiado uma ação movida na Suprema Corte norte-americana que contestava a eleição de Joe Biden.
Desde a destituição de Kevin McCarthy da presidência da Câmara, em 3 de outubro, o Partido Republicano –que tem 221 deputados contra 212 democratas na Casa– não conseguiu chegar a um acordo para eleger um novo presidente.
O funcionamento da Câmara está parado e será retomado quando um novo presidente for eleito. O deputado Patrick McHenry, da Carolina do Norte, foi nomeado presidente interino.
A falta de um líder na Câmara dos EUA por 22 dias está dificultando a resposta dos norte-americanos a questões urgentes, como a guerra no Oriente Médio envolvendo Israel e o Hamas. A principal preocupação interna é evitar um “shutdown” do governo pela falta de aprovação de leis orçamentárias, cujo prazo se estende até novembro deste ano.