Por Senad Karaahmetovic
Em um relatório aos clientes intitulado "3600 é o novo bull case” (ouvido em Wall Street), o estrategista Michael Hartnet, do Bank of America, ponderou os fluxos da semana na quarta-feira.
O banco calcula que o mercado de ações diminuiu o equivalente a 1 PIB dos EUA em 6 meses. O indicador Bull & Bear do BofA (NYSE:BAC) está agora em 1,5, o que é um claro sinal de "compra" em contrariedade. O BofA Global Breadth Rule também está em terreno que indica "compra" em contrariedade.
"Os mercados são excelentes contadores de histórias... a história de 2022 é 'choque da inflação = choque de juros = choque de recessã'; o arco maior da história da década de 2020 é a mudança de regime, inflação mais alta, juros mais elevados, maior volatilidade e menor valuation de ativos, tudo impulsionado por tendências na sociedade (desigualdade), política (populismo/progressismo), geopolítica (guerra), meio ambiente (emissão zero), economia (desglobalização), demografia (queda populacional da China), todas inflacionárias, todas favorecendo caixa, commodities, ativos imobiliários, volatilidade, small caps, damage bonds, crédito, private equity, ações de tecnologia", disse Hartnet, em um relatório aos clientes.
No tocante aos fluxos, os investidores retiraram US$ 1,4 bilhão do ouro, US$ 5,2 bilhões das ações, US$ 7,6 bilhões de caixa e US$ 12,3 bilhões de títulos.
Olhando para os diferentes setores, o mercado assistiu às saídas mais significativas no setor de energia e de materiais desde 2016 e 2014, respectivamente.