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Não há relação significante entre combustível e lucro, diz Petrobras após fala de Bolsonaro

Publicado 06.05.2022, 15:49
Atualizado 06.05.2022, 16:40
© Reuters. Tanques da Petrobras, em Brasília
 25/7/2019 
REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Roberto Samora e Gram Slattery

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços de combustíveis no mercado interno não impactam de forma significativa os lucros da Petrobras (SA:PETR4), e o principal vetor de ganhos da empresa é a área de Exploração & Produção de petróleo, disse o presidente da petroleira, José Mauro Coelho, ao responder nesta sexta-feira afirmações da véspera de Jair Bolsonaro.

O presidente da República afirmou na noite anterior, enquanto a Petrobras divulgava um ganho líquido de 44,56 bilhões de reais referente ao primeiro trimestre, que o lucro da estatal é "absurdo" e "um estupro", e fez um apelo para que não haja novos aumentos nos preços dos combustíveis, sob o risco de o Brasil quebrar.

Mas, para Coelho, assim como aconteceu com outras petroleiras do mundo, o que impulsionou os resultados foi a produção de petróleo e gás, que foi beneficiada por preços mais altos da commodity.

"Não há uma relação significante entre os resultados da Petrobras e os reajustes dos preços de combustíveis... para terem uma ideia, 80% dos ganhos no período foram provenientes das atividades de exploração e produção de petróleo...", disse Coelho, durante entrevista a jornalistas, para comentar os lucros do primeiro trimestre.

Ele lembrou ainda que o preço do petróleo também não pode ser considerado o único fator impulsionador dos resultados, citando que no primeiro trimestre de 2014 as cotações estavam próximas dos patamares vistos nos primeiros três meses deste ano, e a companhia não teve um resultado tão bom naquela época.

"Embora o preço do petróleo estivesse neste mesmo patamar (em 2014), a Petrobras não teve o resultado que teve agora, porque não é simplesmente uma questão de preço elevado, mas sim questão de gestão eficiente, comprometida com a busca de resultados e de redução de custos", destacou.

Segundo Coelho, que tomou posse no mês passado após o CEO anterior da empresa Joaquim Silva e Luna ter sido substituído em meio a queixas de Bolsonaro sobre os preços dos combustíveis, a preocupação do presidente da República é "legítima" em relação às cotações dos combustíveis.

Mas a administração da companhia também tem responsabilidade com os acionistas, que são em sua grande maioria brasileiros, disse ele.

"Essa elevação dos preços dos combustíveis acontece em todo mundo, é uma preocupação de todos os líderes... mas por outro lado, por dever de diligência, os administradores da Petrobras, os administradores de todas as empresas de capital aberto, devem atuar, no caso de Petrobras, devem atuar alinhados com a política de preços da companhia", disse ele.

Mas ele ressaltou que a Petrobras não é "insensível" à sociedade brasileira, principalmente em momentos atípicos como este, com o conflito no Leste Europeu.

"A Petrobras, preocupada com isso, acompanha os preços de mercado, mas não repassamos essa volatilidade momentânea de imediato. Mas claro também que em determinado momento reajustes devem ser feitos para que a gente mantenha a saúde financeira da nossa companhia", declarou.

© Reuters. Tanques da Petrobras, em Brasília
 25/7/2019 
REUTERS/Ueslei Marcelino

A receita de vendas avançou 64,4% na comparação anual, para 141,6 bilhões de reais no primeiro trimestre, em meio a preços mais altos dos produtos.

As vendas de diesel somaram 38,8 bilhões de reais, com alta de 54,5% na mesma comparação, e as de gasolina dispararam 75,3%, para 19,4 bilhões de reais.

Já as exportações (incluindo petróleo e derivados) responderam por 35,1 bilhões de reais no primeiro trimestre, com ganho de 54% na comparação anual, enquanto no mercado interno as vendas de petróleo somaram mais de 9 bilhões de reais, enquanto as de gás natural atingiram patamar semelhante, entre outros produtos comercializados pela empresa.

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