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Com tropeços políticos, Ibovespa é o pior e dólar é o melhor investimento de maio

Publicado 31.05.2016, 19:25
© Reuters.  Com tropeços políticos, Ibovespa é o pior e dólar é o melhor investimento de maio
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Cenário político conturbado fez do dólar e do euro as aplicações mais rentáveis do quinto mês do ano (Gustavo Kahil/O Financista)

SÃO PAULO – Após ter emplacado como a aplicação mais rentável de abril, o Ibovespa terminou maio na lanterninha do ranking de investimentos, com perda de 10,09%. E justamente no mês tão aguardado pelo mercado: o da transição do governo de Dilma Rousseff para Michel Temer.

As turbulências que marcaram as primeiras semanas do governo interino de Temer e o ambiente externo foram determinantes para que o Ibovespa invertesse a direção de ganhos iniciada em fevereiro, segundo Luis Gustavo Pereira, analista de investimentos da Guide Investimentos.

Na outra ponta, o cenário político conturbado fez do dólar (+5,10%) e do euro (+2,16%) as aplicações mais rentáveis de maio.

A ausência de um alívio no cenário político mesmo após o afastamento de Dilma fez com que a aversão ao risco prevalecesse no mercado doméstico. O analista da Guide destaca o fato de o Ibovespa ter encerrado o mês abaixo dos 49 mil pontos, após superar os 53 mil pontos no mês anterior.

Nesta terça-feira (31), o Ibovespa fechou em queda, pressionado pelas ações do Bradesco (SA:BBDC4), que registraram forte recuo após a notícia de que o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, e outros dois executivos da instituição foram indiciados no inquérito da Operação Zelotes. O Ibovespa caiu 0,83%, aos 48.556 pontos.

O mês de maio foi marcado pela aprovação da abetura do processo de impeachment de Dilma no Senado e seu afastamento por 180 dias. A isso se seguiu a posse de Temer como presidente interino, a indicação de um novo ministério e as novas medidas econômicas propostas pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

“As dificuldades políticas do novo governo após o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara de Deputados e as novas denúncias da Operação Lava Jato, que atingiram diretamente o novo ministério, estiveram no radar dos investidores em maio. Desse modo, tivemos recuo forte da bolsa e alta do dólar”, observa Fabio Colombo, administrador de investimentos.

Ele destaca ainda os ventos vindos do exterior: a indicação de que o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos deve acontecer nos próximos meses e a iminente indicação de Donald Trump como candidato do partido Republicano para a presidencia dos EUA.

De olho em junho

Para o mês de junho, os especialistas indicam que os investidores devem ficar atentos à política monetária dos EUA e nas suas consequências para a economia global, aos dados de crescimento da China, aos rumos da corrida presidencial norte-americana, além dos sinais de reação da economia brasileira.

“O mercado também deve ficar de olho no novo governo, nas novas medidas econômicas, nos desdobramentos da Operação Lava Jato e seu alcance sobre o novo governo e no desenrolar do assunto sobre a nova presidência da Câmara de Deputados”, afirma Colombo.

Ele destacou ainda a importância de avaliar a base de apoio do governo para emplacar medidas e os impactos da reação do PT e dos movimentos sociais contra o novo governo. “Em razão da queda forte do Ibovespa em maio, a recomendação é de compra gradativa e parcial da carteira de ações”, completa.

Rendimento em maio
Posição Aplicação Variação (%)
1 Dólar +5,10
2 Euro +2,16
3 Títulos indexados ao IPCA +1,15 a +1,30 (indicativo, sem marcação a mercado)
4

Fundos de renda fixa

+1,00 a +1,15 (média)
5 Fundos DI +1,00 a +1,15 (média)
6 CDB +0,95 a +1,10 (média)
7

IGP-M

+0,82

8 IPCA +0,75 (estimativa mercado)
9

Poupança

+0,65 (líquido)

10 Ouro

-1,89 (mercado)

11 Ibovespa

-10,09 (mercado)

Fonte: Fabio Colombo, administrador de investimentos

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