Por Sam Boughedda
Investing.com - O New York Post publicou uma reportagem na terça-feira dizendo que a Walt Disney (NYSE:DIS) (BVMF:DISB34) poderia se desfazer de "ativos não essenciais", como ESPN e ABC, para aumentar a lucratividade.
Segundo a matéria, a gerência da companhia estaria estudando a venda dessas redes de comunicação, o que poderia arrefecer os ânimos do investidor ativista Trian Partners, de Nelson Peltz, que deseja uma valorização maior dos papéis da gigante do entretenimento.
Eles afirmam que Peltz é um crítico de longa data do CEO Bob Iger e têm uma participação significativa de US$ 940 milhões na Disney, que "provavelmente aumentará conforme se prepara para a guerra".
Após a matéria, os analistas do Wells Fargo disseram em nota que tal movimento da Disney faria sentido e agregaria valor, além de contar com o respaldo de investidores.
"Discutimos recentemente a possibilidade de uma separação das redes ESPN/ABC. Nossa visão é que tal separação permitiria aos investidores avaliar melhor o risco envolvido na entidade ESPN/ABC (idealmente com leve alavancagem), ao mesmo tempo em que uma DIS independente poderia gerar melhores resultados como um player puro no setor de entretenimento”, escreveram em nota.
"Uma divisão tem a ver com arbitragem financeira (em nossas estimativas, a DIS está sendo negociada a 18x o P/L de 2023 P/E e 12x o múltiplo EV/EBITDA, o que não é barato), mas os investidores estão demonstrando afeição pela ideia. O grande obstáculo é que uma DIS independente precisa fazer uma desalavancagem, e as redes ESPN/ABC não conseguem se alavancar muito, devido à queda dos serviços de TV a cabo e aumentos de custos nos esportes”, acrescentaram.