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Empréstimos bancários crescem em abril mesmo com aperto monetário; juros sobem

Publicado 27.07.2022, 09:40
© Reuters. Moedas de real
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos

Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) -O volume de concessões de empréstimos e o estoque total de crédito cresceram no país em abril, mesmo diante do já avançado ciclo de aperto monetário para conter a inflação, mostram dados do Banco Central apresentados nesta quarta-feira, embora as taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras tenham subido.

O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,8% em abril sobre março, a 4,816 trilhões de reais. O montante corresponde a 53,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ligeiramente abaixo dos 53,9% observados em março, mas acima dos 52,6% de abril de 2021.

No mês, houve crescimento de 3,8% nas concessões médias, a 24,2 bilhões de reais, acumulando uma alta de 22,8% em 12 meses.

No recorte por tipo de tomador dos empréstimos, o saldo de crédito a pessoas físicas subiu 1,8% no mês e 25,6% em 12 meses. Para as pessoas jurídicas, o crescimento foi menor, de 1,0% em abril e 16,8% em 12 meses.

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, avaliou que a ampliação do crédito é reflexo da retomada da atividade econômica após o arrefecimento da pandemia de Covid-19 e a consequente redução do desemprego.

No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 3,5%, ante 3,4% em março --estava em 2,9% em abril de 2021. Segundo Rocha, essa taxa está subindo, mas ainda é considerada baixa.

CRÉDITO MAIS CARO

De acordo com os dados da autarquia, a taxa média de juros cobrada pelos bancos manteve o ritmo de alta, acompanhando as elevações da Selic pelo BC, e subiu 1,0 ponto percentual em abril sobre o mês anterior, a 27,7% ao ano --em abril de 2021, estava em 20,4%.

Quando considerado apenas o crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, os juros subiram 0,7 ponto, para 38,1%. Nos recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve alta de 1,1 ponto, a 11,1%.

Os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito subiram 4,9 pontos percentuais no mês, atingindo 364% ao ano. No cheque especial, a taxa também teve alta de 4,9 pontos, indo a 132,7% ao ano.

© Reuters. Moedas de real
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos

Também houve alta no spread, a diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o valor cobrado na liberação dos financiamentos. A alta foi de 0,6 na média total (a 17,6 pontos percentuais), 0,6 em recursos livres (26,4 pontos) e 0,3 nos direcionados (3,6 pontos).

A apresentação dos dados de abril originalmente ocorreria no fim de maio, mas as divulgações pelo BC seguem atrasadas mesmo após o fim da greve de servidores do órgão. Dados de março também foram atualizados nesta quarta.

(Por Bernardo CaramEdição de Camila Moreira e Isabel Versiani)

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