Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Transportes norte-americano, Pete Buttigieg, pediu às 10 maiores companhias aéreas dos Estados Unidos que ajudem mais os passageiros afetados por atrasos ou cancelamentos de voos e alertou que o governo pode adotar novos regulamentos.
Em cartas aos principais executivos de aéreas regionais e de baixo custo divulgadas na sexta-feira, Buttigieg disse que o Departamento dos Transportes dos EUA (USDOT) está "contemplando opções" para escrever novas regras "que expandam ainda mais os direitos dos passageiros das companhias aéreas".
Ele pediu às empresas que avaliem os planos de atendimento ao cliente para "garantir que (elas) concedam comodidades e serviços adequados para ajudar os passageiros com despesas e inconvenientes devido a atrasos e cancelamentos". Ele também pediu às companhias "que forneçam, no mínimo, vale-refeição para atrasos de 3 horas ou mais e acomodações para passageiros que devem esperar a noite em um aeroporto devido a transtornos de responsabilidade da empresa".
Algumas companhias aéreas dos EUA fornecem refeições ou quartos de hotel se cancelarem ou atrasarem voos se forem responsáveis pelo problema, mas não são legalmente obrigadas a fazê-lo. Os passageiros muitas vezes não estão cientes das políticas das companhias aéreas.
As principais empresas e um grupo comercial de companhias aéreas não comentaram imediatamente.
Buttigieg disse que, nos primeiros seis meses, "cerca de 24% dos voos domésticos das companhias aéreas dos Estados Unidos atrasaram e 3,2% foram cancelados". As reclamações de passageiros de aéreas ao departamento aumentaram este ano.
O USDOT planeja até 2 de setembro criar um "painel interativo" para os viajantes aéreos compararem "serviços ou comodidades que cada uma das grandes companhias aéreas dos EUA fornece quando a causa de um cancelamento ou atraso se deve a circunstâncias dentro do controle da companhia aérea".
O Departamento dos Transportes está elaborando uma série de novas regras ao consumidor para companhias aéreas, incluindo a exigência de reembolsos por bagagem atrasada. Em junho, a agência alertou que pode proibir as aéreas de cobrar taxas extras para permitir que crianças pequenas se sentem ao lado de familiares acompanhantes.