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"Golpe" e "caos": como políticos e economistas reagem à decisão de Waldir Maranhão

Publicado 09.05.2016, 14:10
Atualizado 09.05.2016, 14:50
© Reuters.  "Golpe" e "caos": como políticos e economistas reagem à decisão de Waldir Maranhão
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SÃO PAULO – A decisão do presidente interino da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA) de anular o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff está gerando grande repercussão nas redes sociais. Economistas e políticos comentaram a atitude do deputado e prováveis cenários a partir de agora.

Economistas

1. Mohamed El-Erian, conselheiro econômico-chefe da Allianz (DE:ALVG), em seu perfil no LinkedIn, disse que a anulação do afastamento de Dilma está tornando o processo de impeachment “potencialmente confuso”. Segundo ele, os movimentos “notáveis” dos ativos brasileiros hoje reforçam essa ideia, com o Ibovespa caindo mais de 3% e o dólar subindo cerca de 2%, a R$ 3,6730.

2. A economista e pesquisadora do Peterson Institute, em Washington, Mônica de Bolle, em entrevista a O Financista, avalia que sem impeachment, o país vai para o brejo. A decisão pode levar o Brasil para “uma crise muito feia em poucas semanas” e a um caos total, disse De Bolle.

“Se, de fato, o entendimento for de que volta tudo à estaca zero, o país vai para o brejo. A ideia de golpe pouco importa. Se o processo for interrompido, teremos uma crise muito feia em poucas semanas. O público estrangeiro verá isso pelo que é: exemplo de uma digníssima República de Bananas”, explica.

3. Jason Freitas Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, criticou a decisão afirmando que no Brasil “tudo é possível”.

"Maranhão criou fumaça, MUITA fumaça. Mas ela se dissipa. Meu temor é que estamos no Brasil e aqui, tudo é possível, infelizmente”, afirmou o economista em seu twitter.

4. Para Neil Shearing, economista-chefe para mercados da consultoria Capital Economics, o Brasil está à beira de uma crise constitucional.

“Não está claro sobre o que acontece a seguir mas, pelo menos, isso a apoia a nossa visão de que a transição para um governo mais próximo do mercado é improvável que seja tranquila”, disse Shearing, em relatório.

Políticos

1. O deputado Roberto Freire, presidente do PPS, discorda da decisão de Maranhão. “A mesa da Câmara e o próprio Plenário devem tornar sem efeito a inepta decisão do Valdir Maranhão. Um golpe do lulopetismo que deve ser detido”, disse em seu perfil no twitter.

Segundo ele, "não é necessário ir para o STF. A própria Câmara tem competência para anular a inepta decisão do Valdir Maranhão". O deputado pede ainda movimentação da população. "No momento que recrudesce tentativas de impedir o impeachment torna-se cada vez mais necessário a mobilização da sociedade. Vamos às ruas."

2. Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ironizou a decisão em seu perfil no twitter. “Sabem o que mundo inteiro deve estar pensando sobre nós, brasileiros? 'A laughing stock', muitos devem estar achando...”.

“Dificilmente a inesperada decisão de Waldir Maranhão escapará ao crivo do STF, qualquer que venha a ser o seu desfecho. Por que?”, questionou Barbosa. "Porque ela aponta "vícios jurídicos" no rito do processo de impeachment. Ou seja, matéria da alçada do tribunal", concluiu.

3. Na concepção da senadora Marta Suplicy, o "deputado Maranhão, presidente interino da Câmara, extrapolou. Uma irresponsabilidade e desprezo pelo Brasil".

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