🚀 Ações escolhidas por IA em alta. PRFT com alta de +55% em 16 dias. Não perca as ações de junho!Acessar lista completa

Petrobras estuda parceiros em fertilizantes para acelerar projetos, dizem fontes

Publicado 22.11.2023, 18:12
© Reuters. Sede da Petrobras
16/11/2019
REUTERS/Sergio Moraes
PETR4
-

Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) -A Petrobras (BVMF:PETR4) estuda contar com parcerias para acelerar seus planos para incrementar a produção de fertilizantes no Brasil, uma das principais demandas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a atual gestão da petroleira, afirmaram duas fontes próximas às discussões.

Uma das alternativas, segundo uma das fontes, poderá ser a atração de sócios para a conclusão de planta de fertilizante cuja obra foi paralisada. Empresas como a norueguesa Yara ou a chinesa Sinochem estão no radar da Petrobras, disse essa pessoa.

"Pode acelerar muito, porque aí tem parceiro privado ali que vai trazer o que resta e fazer a obra, isso é uma hipótese de aceleração. Pode ser outra, mas essa é uma", disse essa pessoa, na condição de anonimato.

Executivos da Petrobras já falaram anteriormente que estavam analisando a retomada do projeto de fertilizantes nitrogenados de Três Lagoas (MS), cujas obras estão paradas há anos. A companhia também conta com a unidade industrial de fertilizantes nitrogenados do Paraná (Ansa), que está hibernada.

Além disso, a Petrobras arrendou fábricas de fertilizantes nitrogenados da Bahia (Fafen-BA) e de Sergipe (Fafen-SE) para a Unigel, com quem negocia algumas opções, incluindo projeto relacionado a hidrogênio verde. A unidade da Bahia está fora de operação.

Procurada, a Unigel disse que está em negociações em aberto com a Petrobras, mas que no momento não fará comentários adicionais.

A Yara afirmou que "não comenta rumores de mercado". Já Petrobras e Sinochem não responderam a pedidos de comentários.

O tema de investimentos em fertilizantes ganhou mais importância estratégica para o Brasil e para a Petrobras, após uma crise de abastecimento gerada com a guerra na Ucrânia.

"Até quando o Brasil vai ficar dependente da importação de um insumo tão importante para o nosso agronegócio? Algo tem que ser feito e achamos que vai. O presidente Lula e a Petrobras sabem disso", disse a segunda fonte, que destacou ver o preço do gás natural como um "grande obstáculo" para a produção no país.

Há iniciativas nesse sentido em andamento no governo, como Plano Nacional de Fertilizantes e o Programa Gás para Empregar -- o gás é matéria-prima importante para adubos nitrogenados.

De qualquer forma, a Petrobras já buscará meios de reduzir prazos para a entrada em operação de plantas previstas no Plano Estratégico em elaboração para o período de 2024 a 2028, atendendo a pedidos do presidente Lula, disse a primeira fonte, sem entrar em detalhes.

Inicialmente, foram incluídos no planejamento prazos muito longos, uma vez que consideravam todos os tipos de riscos de recursos que poderiam ocorrer nos processos competitivos, disse a fonte.

"Pode encurtar isso, trabalhar com 'range' maior, em vez de ser daqui a três anos, coloca de um a três, porque se não tiver recurso (no processo licitatório), em um ano começa a obra. Mas a gente sabe que tem licitação que passa dois anos e não resolve nada", disse a fonte, exemplificando, mas sem dar detalhes.

A petroleira também buscará dar ênfase em iniciativas para a área de fertilizantes em seu plano, destacando como um segmento importante para o abastecimento nacional e apontando para atendimento da demanda interna a partir das quatro plantas do país, colocando todas para funcionar.

A Petrobras tinha alguns ativos em operação no segmento de fertilizantes antes de sair do setor para focar em áreas que considerava mais essenciais, como a exploração do pré-sal, em governos anteriores.

OUTRAS DEMANDAS DE LULA

Além dos fertilizantes, a Petrobras também vai buscar atender outras demandas do presidente Lula para o Plano Estratégico, previsto para ser publicado na sexta-feira, após já ter passado por cerca de uma dezena de reuniões dentro do conselho de administração, disse a fonte.

Dentre elas, a companhia buscará enfatizar a busca por conteúdo local, sem colocar percentuais. "Tem que ser um plano nacional", disse a fonte. "Não pode simplesmente declarar que vai contratar não sei quantos navios e isso se fazer como mágica", afirmou.

A ideia, nesse caso, é também procurar parceiros que a companhia tem na China, Cingapura, Coreia do Sul, e se aproximar de parceiros brasileiros que estão sem condições de assumir obras sozinhos.

Outro ponto será uma orientação no plano para, na busca por possíveis aquisições de projetos de energia renovável no mercado, a Petrobras invista um percentual maior em empreendimentos novos chamados "greenfield", em detrimento de projetos já em operação.

© Reuters. Sede da Petrobras
16/11/2019
REUTERS/Sergio Moraes

A pessoa destacou que em momento nenhum Lula tem "atropelado" a atual gestão da Petrobras, pois conhece bem o processo na companhia e entende que a estatal precisa cumprir ritos internos.

Na véspera, o CEO da petroleira, Jean Paul Prates, esteve reunido com Lula e alguns ministros para debater pontos que estarão incluídos no planejamento, após reportagens afirmando que o presidente não estaria satisfeito com a atuação do executivo.

(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier; edição de Roberto Samora)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.