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Petrobras reduz preço do gás de cozinha pela 1ª vez em mais de dois anos

Publicado 08.04.2022, 15:03
Atualizado 08.04.2022, 18:20
© Reuters. Moradores compram gás de cozinha no Rio de Janeiro
28/10/2021 
REUTERS/Pilar Olivares
PETR4
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Por Roberto Samora e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) -A Petrobras (SA:PETR4) informou nesta sexta-feira que vai reduzir em 5,6%, a partir de sábado, o preço do gás de cozinha (GLP) para as distribuidoras, a primeira diminuição desde março de 2020, contando com um alívio na cotação do petróleo e no câmbio.

Os preços do gás de cozinha --um item que influencia os índices inflacionários e pesa especialmente no bolso dos mais pobres-- acompanharam uma escalada das cotações do petróleo Brent nos últimos dois anos, assim como um fortalecimento do dólar frente ao real.

Mas recentemente o Brent perdeu força em relação à máxima de 139 dólares o barril registrada em março --maior nível desde 2008--, sendo negociado agora apenas um pouco acima de 100 dólares. Além disso, o dólar está relativamente mais fraco frente o real, desvalorizando-se no acumulado do ano cerca de 15%.

"Acompanhando a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para o GLP, e coerente com a sua Política de Preços, a Petrobras reduzirá seus preços de venda às distribuidoras", disse a companhia em nota.

O pico do petróleo em março havia influenciado uma alta de 16% no GLP realizada no mês passado pela Petrobras, assim como no reajuste de cerca de 25% no diesel e de quase 19% na gasolina, naquela oportunidade.

Esses aumentos expressivos deixaram insatisfeito o presidente Jair Bolsonaro, que decidiu por uma troca do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que deverá ficar no cargo até que o novo indicado assuma o posto, após uma assembleia na próxima semana.

A Petrobras ressaltou que o reajuste foi técnico, reiterando "seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado".

A empresa informou que o valor do GLP passará de 4,48 para 4,23 reais por kg, equivalente a 54,94 por botijão de 13 kg, "refletindo redução média de 3,27 reais por 13 kg".

Antes do anúncio desta sexta-feira, a última redução de preço do GLP havia sido em 31 de março de 2020, quando a cotação passou para 21,84 reais o botijão de 13 kg.

A diminuição do preço às distribuidoras, se chegar aos consumidores, poderá trazer um pequeno alívio para o bolso dos brasileiros, em momento em que a inflação em 12 meses atingiu 11,30%, conforme dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira.

O Sindigás, que representa as distribuidoras de gás, disse que os preços do GLP são livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado, e que não comenta oscilações de valores.

"As distribuidoras associadas não reportam ao Sindigás qualquer aumento ou baixa de preço e não há como fazer uma previsão ao consumidor", disse em nota.

Ainda de acordo com o Sindigás a escalada de preços, desde o início de 2020, vem reforçando a necessidade de ampliação do acesso ao botijão de gás aos mais vulneráveis por meio de programas sociais.

Já a Abegás, representante dos distribuidores de gás canalizado, disse que a redução anunciada nesta sexta-feira pela Petrobras "é um indicador da capacidade da empresa para ofertar combustível a preços mais competitivos".

Em nota, a Abegás ainda fez "um apelo à Petrobras para que adote o mesmo tratamento ao gás natural", dizendo que isso é fundamental para beneficiar diretamente os mais de 4 milhões de clientes residenciais, comerciais, industriais e usuários de GNV.

DISPUTA

© Reuters. Moradores compram gás de cozinha no Rio de Janeiro
28/10/2021 
REUTERS/Pilar Olivares

Algumas distribuidoras de gás natural estão em disputas judiciais com a Petrobras sobre um reajuste nos preços.

Além da Gasmig, de Minas Gerais, controlada pela Cemig (SA:CMIG4), que conseguiu na Justiça nesta semana reduzir o valor do gás contratado junto à Petrobras, mais cinco distribuidoras estaduais também obtiveram liminares contra o reajuste da estatal.

(Por Rodrigo Viga Gaier; texto de Roberto Samora; edição de Nayara Figueiredo)

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