(Reuters) - A negociação de dois blocos no pré-sal pelo governo brasileiro nesta sexta-feira, com arrecadação de mais de 11 bilhões de reais em bônus de assinatura, é prenúncio de que o país tem muito crescimento pela frente, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, citando mais petroleiras atuando no setor e os investimentos que serão gerados.
Falando diretamente do Rio de Janeiro, do local onde licitação foi realizada, ele atribuiu o sucesso do leilão a uma "adaptação construtiva" em relação às regras que vigoraram no certame anterior do excedente da área da sessão onerosa, que foi amplamente dominado pela Petrobras (SA:PETR4).
Guedes destacou que isso trouxe "aumento expressivo do número de participantes para rodada do pré-sal".
"Precisamos tirar o petróleo do chão, não adianta ter somente uma empresa operando...", disse Guedes, ressaltando que, quanto mais participantes no setor, maiores serão os investimentos.
"Não há elogio maior à Petrobras do que a qualidade de seus competidores", acrescentou.
O consórcio integrado por TotalEnergies, Petronas e Qatar Petróleo arrematou o bloco Sépia, o mais cobiçado do leilão no pré-sal da Bacia de Santos. Após o anúncio da proposta vencedora, a Petrobras exerceu seu direito de atuar como operadora, com 30% de participação no grupo vencedor.
No outro bloco leiloado, o consórcio integrado por Petrobras, Shell (NYSE:RDSa) e TotalEnergies (NYSE:TTE) fez a única oferta e arrematou Atapu.
(Por Roberto Samora, Marta Nogueira e Gram Slattery)