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Venda de cimento deve subir menos que o previsto em 2024, diz Snic

Publicado 09.07.2024, 14:47
Atualizado 09.07.2024, 14:50
© Reuters. Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiron27/11/2020 REUTERS/Pilar Olivares

SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização de cimento deve subir 1,4% este ano, um acréscimo de 900 mil toneladas em relação a 2023, mas abaixo da alta anteriormente prevista para o setor de 2,4%, informou nesta terça-feira o sindicato que representa os fabricantes do material, Snic.

Entre os motivos da revisão para baixo, de acordo com o presidente da entidade, Paulo Camillo Penna, está o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul em maio e um Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que não "decolou".

"É algo que, de alguma forma, é frustrante para a nossa indústria", disse Penna à Reuters. Ele destacou ainda a interrupção no ciclo de queda da Selic e um descompasso em relação aos lançamentos fora do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Dados mais recentes da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostram que o volume lançado no segmento de médio e alto padrão recuou 17% nos 12 meses encerrados em março, para 26,8 mil unidades, enquanto dentro do MCMV esse volume subiu 27%, para 101,9 mil unidades.

O volume de vendas, por sua vez, avançou em ambos os segmentos, com alta de 15,2% no médio e alto padrão, para 44,9 mil unidades, e de 56,4% no MCMV, para 128 mil unidades.

Os dados seguem ainda o cenário de alta nas vendas de imóveis residenciais, mas queda nos lançamentos no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período em 2023, conforme divulgado em maio pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).

"Essa é uma equação preocupante, porque quando você tem redução de lançamentos, e aumento de vendas, você reduz o estoque de obras, de ativos, de construções que assegura essa demanda no curto e no médio prazo."

Na indústria de cimento, o setor imobiliário, que inclui empreendimentos habitacional, industrial e comercial, responde por mais de 80% da demanda, enquanto infraestrutura representa cerca de 11% a 12% do total, segundo Penna.

Em junho, a comercialização de cimento avançou sobre o mesmo mês do ano passado, acumulando no semestre uma leve recuperação ante os primeiros seis meses de 2023, mostraram dados do Snic.

A entidade divulgou que as vendas de cimento em junho atingiram 5,4 milhões de toneladas, aumento de 2,1% se comparado ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do primeiro semestre, a comercialização do insumo subiu 1,2% na mesma relação, para 30,6 milhões de toneladas.

Considerando o despacho de cimento por dia útil de 238,8 mil toneladas, houve um aumento de 4,6% sobre junho do ano passado e de 1,1% em relação ao primeiro semestre de 2023, segundo a entidade.

© Reuters. Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiro
27/11/2020 REUTERS/Pilar Olivares

"Os principais indutores do consumo de cimento desaceleraram no período em virtude da dificuldade no acesso ao crédito, em meio a taxa de juros ainda elevada, redução de lançamentos e operações de financiamento imobiliário", disse o Snic em comunicado à imprensa.

Na análise do sindicato, mesmo após um primeiro semestre com menor desemprego e aumento no rendimento da população, a interrupção no ciclo de queda da Selic e a deteroriação das perspectivas fiscais e inflacionárias, aliadas a um ambiente externo mais adverso, "geram incertezas para o resto do ano".

 

(Reportagem de Patricia Vilas Boas)

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