SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização de cimento no Brasil em novembro cresceu 2,3% sobre mesmo mês de 2020 e ficou praticamente estável em relação a outubro, em 5,36 milhões de toneladas, informou nesta quinta-feira a entidade que reúne fabricantes do insumo, Snic.
Em novembro, apenas a região Nordeste apresentou queda na comparação anual, recuando 4,2%, para 1,08 milhão de toneladas. O Sudeste mostrou alta de 3,1%, para 2,44 milhões de toneladas, o Sul cresceu 8%, o Norte 5,6% e o Centro-Oeste teve oscilação positiva de 0,8%, segundo a entidade.
No Nordeste, "44% da população vive com menos de 420 reais por mês e em função desse cenário de retração da economia seu poder de compra caiu drasticamente", disse o Snic em comunicado.
Segundo a entidade, "percebe-se que o crescimento na variação acumulada no ano vem diminuindo a cada mês. Em abril tínhamos uma alta de 20,8%, ou seja, até novembro houve uma queda de 34% no acumulado do ano".
Os motivos para a desaceleração, afirma o sindicato de fabricantes de cimento, é o esgotamento da poupança e das reservas pessoais" de quem estava tocando reformas em imóveis, "somadas as quedas dos índices de confiança do consumidor, do empresariado e o endividamento das famílias de baixa renda".
(Por Alberto Alerigi Jr.)