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Warren: “A meta é entrar no patamar das principais corretoras em 2022”, diz CCO

Publicado 14.04.2022, 16:03
© Reuters.

Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - A proposta da plataforma de investimentos Warren é popularizar um modelo que é mais comum entre pessoas de patrimônio mais elevado. Nesse formato, na visão da empresa, o foco está em objetivos em vez dos produtos financeiros em si. Dessa forma, ela busca atrair clientes interessados em carteiras personalizadas segundo metas individuais e boa rentabilidade. Ao que tudo indica, a aposta vem dando certo, pois a empresa cresce em ritmo acelerado.

Em 2021, foram alcançadas 300 mil contas abertas e o número de ativos sobre a gestão da plataforma dobrou, para R$ 20 bilhões. O número de funcionários também cresceu quase 80% e, apenas em 2022, a já realizou três aquisições: Box TI, sim;paul e MeuPortfólio.

Essa expansão foi financiada pelos recursos levantados um ano atrás, quando a Warren recebeu um aporte de R$ 300 milhões liderado pelo fundo soberano GIC Private Limited. A MeuPortfólio, a mais recente das aquisições, entra para o grupo como uma forma de acelerar os seus planos de crescimento.

Segundo Fabio Safini, Chief Commercial Officer (CCO) da Warren, com o Open Finance, a tendência é que o cliente busque por um consolidador dos seus investimentos para que ele possa acompanhar a sua carteira de forma simples e que também permita comparar a sua rentabilidade. Assim, eventualmente a competição entre as corretoras deixará de ser apenas pelo melhor produto, mas também pela qualidade e facilidade das ferramentas que são oferecidas aos investidores.

E é nesse ponto que Warren conta com a MeuPorftólio como uma carta na manga. Ao invés de iniciar um consolidador do zero, o que levaria meses, a empresa deve adaptar a plataforma para o seu uso integrado com os seus serviços, de forma que acompanhar os investimentos se tornem mais simples para os seus clientes, afirma Safini.

A expectativa de crescimento é forte para 2022. A ideia é dobrar o volume de ativos sobre gestão e aumentar em até 50% o número de contasi. Além disso, a empresa também se preparar para ampliar os seus esforços na área de educação e tecnologia.

Confira os principais trechos da entrevista exclusiva de Fabio Safini para a Investing.com Brasil.

Investing.com - Como que a Warren está olhando para 2022?

Fabio Safini - Quando a gente fala em investimentos, 2022 é um ano complicado para todo mundo. É uma tríade de dificuldades: a gente vem de um período pós-covid, que ainda impactou um pouco o começo do ano, e também tem uma guerra que mexe demais com os preços das commodities, que afeta o sistema inteiro. Além disso, o Brasil tem uma eleição presidencial bem importante e que está me parecendo cada vez mais polarizada. Então, isso pode levar o mercado para posições distintas. Mas, independente de tudo isso, a Warren se propõe a ser uma corretora para descomplicar o assunto “investimento” para o cliente. Esse é o momento em que a gente tem a oportunidade de brilhar ainda mais, porque quando há uma volatilidade extrema, as pessoas têm muito medo de investir e isso é falta de conhecimento. Esse é um buracão que a gente recebe como uma oportunidade incrível para as pessoas buscarem casas de investimentos que descomplicam no Brasil. Em vez de você discutir produto, você discute sonhos, O cliente nos traz um objetivo e com algumas perguntas, a gente monta uma carteira para o cliente com os melhores produtos do mercado e ele vai acompanhado de uma forma muito tranquila pelo nosso aplicativo, sem se estressar com toda essa incerteza.

Inv.br - Qual é a projeção de crescimento da Warren para este ano?

FS -  Tivemos um ano muito incrível em 2021, conseguimos dobrar de tamanho e chegar a R$ 20 bilhões de ativos sob a nossa gestão. Sei que é agressivo para um ano como 2022, mas o nosso objetivo é chegar com esse número em torno dos R$ 40 bilhões para o final do ano. Isso nos colocaria no patamar das principais corretoras do Brasil.

Inv.br - E quanto ao número de clientes para 2022?

FS - Hoje a gente está com 300 mil contas abertas, porque a gente cresceu muito ano passado. E para este ano, a gente pensa em crescer entre 40% a 50%. Mas não pensamos na meta só pelo número de clientes, porque às vezes não é o cliente certo, ou traz uma monetização que não necessariamente tem o foco que a gente precisa para o nosso modelo de negócio.

Inv.br - E como o MeuPortfólio entra nesses planos de crescimento?

FS - A Warren foi criada lá em 2017 para democratizar o assunto de investimento no Brasil e desde o começo a gente tinha uma certeza muito grande que queria apresentar um modelo de carteira administrada, com um taxa única e fixa para a sua gestão. Se eu te dou 100% do cashback da comissão dos produtos financeiros e você me paga um fixo, eu não tenho conflito de interesse do que eu vou te oferecer. A gente vem crescendo muito rápido e percebemos que havia uma necessidade de ter um consolidador de investimento dentro da casa. O ideal seria ter o nosso próprio consolidador para atender o nosso modelo de gestão para os nossos clientes. Precisava encontrar alguém que tivesse um produto legal para se juntar, mas que também tivesse uma forma de pensar muito parecida. Quando conhecemos o pessoal do MeuPortfólio, foi quase uma certeza de que tínhamos encontrado o melhor dos mundos.

Inv.br - E como que o MeuPortfólio vai se integrar à plataforma da da Warren?

FS - Essa é a etapa em que estamos trabalhando. Em um primeiro momento, vamos implementar com a primeira base de clientes, o 'ultra wealth'. Mas, com o tempo, como é um projeto de médio e longo prazos,  vamos democratizá-lo para toda base. Mas ainda estamos tentando descobrir qual a melhor forma de prestar esse serviço. Pode ser algo dentro do app, fora, mas o assunto é que hoje não estamos prontos para ter essa resposta, tomar essa decisão.

Inv.br - Mas existe alguma previsão de lançamento?

FS - Teremos com certeza muito desenvolvimento até o final de 2022.

Inv.br - Alguma parte desse desenvolvimento será voltada para o Open Finance?

FS - Hoje, é muito difícil para o cliente conseguir entender sua posição financeira no mercado e  apostamos muito que no Open Finance, pode ser um player muito forte por causa disso. Se já pudermos ser uma ferramenta em que o cliente se sente tranquilo de receber todas as informações dele consolidadas, principalmente falando de investimento, não tem como não se ter uma ferramenta como o MeuPortfólio. Você pode inclusive brigar na disputa de entender como o cliente gosta de ver essas informações e oferecer uma plataforma melhor. Se você usa a ferramenta que todo mundo usa, que é uma ferramenta de terceiro, você não se diferencia da concorrência. Queremos nos diferenciar para que o cliente saiba que aqui é o lugar mais descomplicado.

Inv.Br - Então existe a possibilidade do MeuPortfólio continuar prestando serviços para outras empresas também?

FS - Isso já acontece hoje. Mas acho muito pequena a possibilidade de que os seus clientes atuais queiram continuar com o MeuPortfólio, agora que ele é parte da Warren. Acho mais provável que cada um crie o seu próprio consolidador ou compre um. O que vai ser bom para os investidores, porque então as corretoras vão competir não apenas para ter os melhores produtos, mas também para ter o consolidador que o cliente mais confia.

Inv.br - E nesse caso, a Warren irá se diferenciar sendo o mais friendly possível para o usuário?

FS - Quando a gente fala em diferencial, a Warren tem uma ferramenta que permite o cliente investir e curtir a jornada do investimento sem gerar aquela ansiedade de ficar escolhendo o produto. O nosso grande diferencial é nosso modelo, é a capacidade de falar com o cliente que gosta do detalhe da decisão ou aquele que não quer saber detalhes.

Inv.br - Existem mais aquisições à vista?

FS - A gente nunca pode dizer que não estamos num momento de aquisição, mas o nosso foco não é crescer via M&A. Se há algo como o MeuPortfólio ou alguma tecnologia, que faz sentido para o nosso negócio, então a gente vai comprar. Agora, falar que nossa projeção de crescimento é baseada em aquisições? Não. A gente acredita que a gente fez um trabalho muito importante nos últimos dois anos de estruturação da empresa e que a gente está pronto para crescer dessa forma orgânica.

Inv.br - Na área de educação, o que pode ser adiantado sobre o projeto de capacitação para tecnologia?

FS - Estudos mostram números assustadores de déficit de capacidade de tecnologia no Brasil. Existe uma disputa quase que irracional entre as empresas do mercado financeiro de roubar os profissionais da concorrência e ninguém está se dando bem com isso. Então, decidimo ter um papel importante para resolver isso, investindo na educação inicial e na formação de pessoas em tecnologia. Para diminuir esse déficit, a gente desenhou um projeto muito bacana, que está para ser lançado ainda e que também terá um impacto social, com inclusão de pessoas que às vezes não têm acesso a uma universidade tradicional voltada para essa parte do mercado financeiro de tecnologia. O nosso foco não será em ganhar dinheiro, nos transformar em uma universidade de tecnologia e fazer disso um business. É uma solução própria que ajuda a própria Warren e que devolve um pouco para sociedade.

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