SÃO PAULO (Reuters) - As operadoras de telefonia celular têm até sexta-feira para apresentar um cronograma de retirada de 31 antenas localizadas em terrenos de escolas públicas no Distrito Federal, publicou a Agência Brasil.
A recomendação foi dada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que entende que os equipamentos podem trazer prejuízos à saúde, segundo a agência.
Em abril, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) notificou as operadoras e deu prazo de 30 dias para a retirada das 32 antenas.
Segundo o MPDFT, estudos mostram possíveis efeitos negativos causados pelas radiações de antenas de celulares, como distúrbios do sono, atividade epilética, severa diminuição da produção de leite, abortos espontâneos e natimortos, publicou a Agência Brasil.
Os promotores consideraram que as áreas escolares são frequentadas por crianças e adolescentes, que, por estarem em desenvolvimento físico e mental, podem sofrer danos maiores por causa da presença das antenas.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) estima que cerca de 500 mil pessoas poderão ser prejudicadas se as 31 antenas forem retiradas, publicou a agência. "A permanência da antena naqueles locais não traz nenhum risco, nenhum prejuízo, não causa nenhum mal", afirmou o diretor da entidade, Ricardo Dieckmann, segundo a Agência Brasil.
(Por Alberto Alerigi Jr.)