Por Paul Sandle e Kate Holton
LONDRES (Reuters) - A BT vai cortar 13 mil postos de trabalho e mudar para uma sede menor em Londres, na mais recente tentativa do presidente do maior grupo de telecomunicações da Grã-Bretanha de ressurgir depois de um escândalo contábil e múltiplas pressões sobre seus negócios.
O executivo-chefe da empresa, Gavin Patterson, disse que a medida radical é "absolutamente crítica" para garantir que a BT possa fornecer a próxima geração de redes de fibra e de telefonia móvel que a Grã-Bretanha precisa.
"Precisamos nos tornar mais eficientes, precisamos criar oxigênio dentro dos negócios", disse ele a repórteres na quinta-feira.
Apesar de delinear medidas para economizar 1,5 bilhão de libras (2 bilhões de dólares) por ano até 2020/21, a reação inicial do mercado foi negativa.
O fracasso em atingir uma meta de receita nos últimos três meses e a perspectiva decepcionante para o crescimento do lucro por alguns anos fizeram com que as ações da BT caíssem 9 por cento, para mínimos de cinco anos.
Perdendo receitas de voz nas linhas fixas, muitas empresas de telecomunicações se expandiram para áreas mais lucrativas.
A AT&T nos Estados Unidos está tentando comprar o grupo de entretenimento Time Warner, enquanto o esforço da própria BT de fazer transmissões esportivas foi projetado para defender sua base de clientes.
Desde que assumiu o comando da empresa em 2013, Patterson gastou bilhões de libras em direitos esportivos, investimentos em rede e melhorias no atendimento ao cliente.
Operadores disseram que a perspectiva apresentada pela empresa para o ano fiscal ficou aquém do esperado, enquanto a receita do quarto trimestre fiscal, encerrado em março, não atingiu as metas, salientando os desafios que Patterson enfrenta ao tentar reconstruir um grupo que tem mais de 100 mil empregados.