JERUSALÉM (Reuters) - O Facebook está fazendo sua parte para remover conteúdos abusivos da rede social, afirmou a empresa no domingo, em aparente rejeição de alegações israelenses de que não está cooperando para retirar do ar mensagens que possam motivar violência de palestinos.
Israel afirma que o Facebook está sendo usado para perpetuar violência e o premiê, Benjamin Netanyahu, está preparando legislação para permitir ao governo dar ordens de retirada de redes sociais mensagens consideradas ameaçadoras.
Ampliando a pressão, o ministro de Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, afirmou acusou o Facebook no sábado de sabotar esforços da polícia israelense ao não cooperar com investigações sobre potenciais suspeitos na Cisjordânia e definir padrões muito elevados para retirada de conteúdos.
O Facebook não respondeu diretamente às críticas de Erdan.
"Trabalhamos regularmente com autoridades e órgãos de segurança no mundo, incluindo Israel, para assegurar que as pessoas saibam como fazer uso seguro do Facebook. Não há espaço em nossa plataforma para conteúdo que promova violência, ameaças diretas, terrorismo ou discurso de ódio", disse a empresa.
"Definimos padrões de comunidade que ajudam as pessoas a entenderem o que é permitido no Facebook e pedimos que os que usam nossa ferramenta, se encontrarem material que acreditam que viola estas regras nos avisem para que possamos examinar cada caso e tomarmos uma ação rápida", acrescentou a empresa.
Erdan chegou a pedir para os israelenses inundarem o fundador do Facebook Mark Zuckerberg com cobranças para mudanças das regras da rede social.
Das 74 "mensagens especialmente incitantes e extremistas" que Israel levou à atenção do Facebook, 24 foram removidas, disse Erdan ao diário Yedioth Ahronoth.