CABO CANAVERAL (Reuters) - O presidente-executivo da operadora de satélites israelense Space Communication disse nesta terça-feira que quer ver vários voos seguros da SpaceX antes de usar os serviços da empresa espacial de Elon Musk novamente para lançar um satélite.
Em entrevista à Reuters, o presidente-executivo da Spacecom, David Pollack, também disse que não sabe o que causou a explosão da quinta-feira passada, que destruiu um foguete Falcon 9, da SpaceX, junto com o satélite de comunicações AMOS-6, de sua empresa, avaliado em 200 milhões de dólares.
A causa da explosão está sendo investigada pela SpaceX e agências do governo norte-americano supervisionadas pela Administração Federal de Aviação.
"Eles ainda não discutiram conosco o que descobriram", disse Pollack, referindo-se à SpaceX. "Eu não acredito que haja a menor chance de que (o problema) tenha vindo do satélite... mas nada pode ser ignorado ainda. Eles têm que observar tudo".
Questionado sobre o que a SpaceX teria que fazer para fazer com que confiasse na empresa novamente, Pollack respondeu: "eu não sei quantos, mas vários voos seguros".
A Spacecom disse no domingo que a SpaceX lhe deve 50 milhões de dólares, ou um lançamento gratuito, como resultado da explosão. A SpaceX não quis discutir a alegação da Spacecom para uma compensação.
(Por Irene Klotz)