BRUXELAS (Reuters) - A Sony saberá até 26 de outubro se os reguladores antitruste da União Europeia vão aprovar sua oferta de 2,3 bilhões de dólares pelo controle da EMI para se tornar a maior gravadora de música do mundo, segundo um comunicado no site da Comissão Europeia nesta segunda-feira.
A Sony, que anunciou o acordo em maio, buscou a aprovação da UE para o acordo na última sexta-feira.
A aquisição proposta é a mais ousada estratégia do seu novo presidente-executivo, Kenichiro Yoshida, que daria a ela direitos para 2,1 milhões de músicas de artistas como Drake, Sam Smith, Pharrell Williams e Sia.
As autoridades antitruste da UE podem fechar o acordo com ou sem concessões ou abrir uma investigação de quatro meses se tiverem sérias preocupações.
O grupo japonês, que atualmente detém 30 por cento da EMI, quer comprar a participação de 60 por cento da Mubadala Investment Co. Em julho, a empresa japonesa adquiriu a participação minoritária de Michael Jackson na EMI.
A indústria da música cresceu nos últimos anos, impulsionada pela popularidade dos serviços de streaming de música a preço fixo, como o Spotify (NYSE:SPOT), o Apple (NASDAQ:AAPL) Music, o Google (NASDAQ:GOOGL) Play, o SoundCloud e o YouTube.
O grupo independente de gravadoras Impala criticou o acordo com a Sony, dizendo que daria à empresa muito poder de mercado.
"Esta transação prejudicaria a concorrência e prejudicaria os consumidores em um mercado de música já excessivamente concentrado. Dados os recentes precedentes estabelecidos pela Comissão Europeia, acreditamos que a aquisição da Sony enfrentará forte oposição", disse Helen Smith, presidente executiva da Impala.
A Comissão aprovou a aquisição, pela Sony e pela Mubadala, da EMI em 2012, em troca de pesadas concessões, incluindo a venda dos direitos de publicação mundial para quatro catálogos e as obras musicais de 12 compositores.
(Reportagem de Foo Yun Chee)