BANGOC (Reuters) - O governo militar da Tailândia, que tem reprimido dissidentes na internet desde que chegou ao poder em 2014, está avançando com projetos de lei de segurança que ativistas dizem que pode significar um monitoramento online mais extensivo, aumentando as preocupações em relação à proteção de privacidade.
As emendas ao Ato de Crimes de Informática, de 2007, devem ser avaliadas pelo parlamento tailandês no mês que vem e têm sido alvo de críticos, que dizem que o projeto pode dar amplos poderes às autoridade estatais para espionarem usuários de internet e restrinjir a liberdade de expressão online.
Críticos dizem que é provável que o parlamento aprove as emendas, pois os parlamentares votaram unanimemente em favor do projeto em sua primeira leitura.
As emendas acontecem com o governo aumentando a censura online desde o golpe de 2014, particularmente sobre insultos à família real, enquanto busca uma transição suave após a morte do reverenciado Rei Bhumibol Adulyadej em 13 de outubro e antes da eleição geral de 2017.
Desde o golpe, o governo fechou ou bloqueou milhares de sites que considerou ofensivos ou inapropriados.
O diretor da organização não governamental Comissão Internacional de Justiça na Ásia, Sam Zarifi, disse que as emendas fortalecerão a capacidade do governo de silenciar falas que considerem que infrinjam a lei de lesa-majestade da Tailândia, crime que prevê até 15 anos de prisão.
(Por Patpicha Tanakasempipat)