MOSCOU (Reuters) - Uma atriz russa foi morta em um ataque ucraniano enquanto se apresentava para tropas russas em uma área controlada pela Rússia no leste da Ucrânia, de acordo com seu teatro.
O teatro russo onde a atriz Polina Menshikh, de 40 anos, trabalhava disse que ela foi morta enquanto se apresentava no palco na região de Donbass.
A Reuters não conseguiu verificar os detalhes do incidente, mas autoridades militares de ambos os lados confirmaram que houve um ataque ucraniano na região em 19 de novembro.
Um investigador militar russo afirmou, segundo a televisão estatal russa, que uma escola e um centro cultural foram atingidos por mísseis Himars em um vilarejo na região de Donetsk, conhecido como Kumachovo e pelos ucranianos como Kumachove, a 60 km da linha de frente.
O investigador não identificado disse que uma pessoa civil, da qual ele não deu mais detalhes, havia sido morta, mas não fez menção a baixas militares. O Ministério da Defesa da Rússia não quis comentar e não mencionou nenhuma vítima do ataque.
Os comandantes ucranianos disseram que suas forças atacaram o que eles disseram ser uma cerimônia de premiação militar russa, tendo como alvo a 810ª Brigada de Infantaria Naval Separada da Rússia.
Robert Brovdi, um comandante militar ucraniano, afirmou em um post na mídia social que 25 pessoas foram mortas no ataque e mais de 100 ficaram feridas.
Imagens de vídeo não verificadas nos canais pró-russos do Telegram mostraram soldados assistindo Menshikh cantando no palco com um violão no dia em que os militares russos comemoram suas forças de mísseis e artilharia.
No meio da música, a instalação é repentinamente sacudida por uma explosão e as janelas podem ser ouvidas se estilhaçando antes de as luzes se apagarem e alguém ser flagrado pela câmera usando um palavrão.
Brovdi, da Ucrânia, disse que o ataque foi uma "vingança para a 128ª", uma referência a um ataque russo neste mês contra soldados da 128ª Brigada Separada de Assalto a Montanhas da Ucrânia, na qual a brigada disse que 19 de seus soldados foram mortos.
(Por Guy Faulconbridge)