DUBAI (Reuters) - Os líderes da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) e do Mossad de Israel se reuniram com o primeiro-ministro do Catar em Doha, nesta terça-feira, para dar continuidade à extensão de dois dias em uma trégua entre Israel e o grupo palestino Hamas, disse uma fonte informada sobre a visita.
A reunião teve como objetivo “aproveitar o progresso do acordo de prorrogação da pausa humanitária e iniciar novas discussões sobre a próxima fase de um potencial acordo”, disse a fonte à Reuters.
O resultado das conversas, que também contaram com a presença de autoridades egípcias, não ficou claro, acrescentou a fonte.
O diretor da CIA, William Burns, estava em Doha “para reuniões sobre o conflito Israel-Hamas, incluindo discussões sobre reféns”, disse uma autoridade dos EUA sob condição de anonimato, sem dar mais detalhes.
Burns, David Barnea, chefe do serviço de inteligência israelense Mossad, e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed Bin Abdulrahman al-Thani, reuniram-se um dia depois que o Catar anunciou a prorrogação por dois dias de um acordo original de trégua de quatro dias em Gaza, que expiraria durante a noite.
O Catar, onde vários líderes políticos do Hamas estão baseados, tem liderado as negociações entre o grupo militante palestino e Israel.
Durante os primeiros quatro dias da trégua, os combatentes do Hamas libertaram 50 mulheres e crianças israelenses que haviam sido feitas reféns. Em troca, Israel libertou 150 detentos de segurança de suas prisões, todos mulheres e adolescentes.
Como parte da extensão da trégua de dois dias, o Hamas concordou em libertar mais 10 mulheres e crianças israelenses por dia.
(Reportagem de Andrew Mills)