Por Nelson Acosta e Sarah Marsh
HAVANA (Reuters) - Cuba deu seu apoio nesta sexta-feira à Venezuela em sua luta contra o "imperialismo" antes de uma cúpula regional que está prevista, em meio a uma crise diplomática que se intensifica na América Latina.
A cúpula de países caribenhos em Havana acontece poucos dias após o chefe da Organização dos Estados Americanos (OEA) pedir um encontro urgente para discutir se a Venezuela está violando regras democráticas. O processo pode acarretar na suspensão do país da organização.
A maioria dos 25 Estados membros da Associação de Estados do Caribe, ou AEC, recebe combustível subsidiado da Venezuela sob o programa petrolífero Petrocaribe, que Caracas usa para conseguir influência na região.
"A histérica, desastrada e antiética maneira na qual o secretário-geral da OEA está tentando servir interesses obscuros é surpreendente", informou Cuba em comunicado publicado pelo jornal Granma, do Partido Comunista.
À medida que a América Latina sofre uma guinada em seus governos de esquerda para o centro, Cuba e seus aliados se mostraram contra esforços "imperialistas" dos Estados Unidos para retomar controle na região.
Apesar de encontros recentes entre os líderes dos dois países, Cuba ainda se refere aos EUA como "o inimigo".
Na publicação, Cuba elogiou a Venezuela, aliada de anos, por sua "firme e vitoriosa batalha diplomática" contra "o plano de intromissão do imperialismo e oligarquias".
"Reiteramos mais uma vez (para Venezuela) o total apoio ao povo e do governo revolucionário de Cuba e nossa convicção inquebrável no triunfo de sua causa justa", informou Cuba.