Por Alistair Bell e Jonathan Allen
WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - Um velho amigo da ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton desempenhou um papel desproporcional quando ela estava no governo, dando conselhos sobre a política dos Estados Unidos e até mesmo suas relações com a Casa Branca do presidente Barack Obama, apesar de não ter cargo formal na administração pública.
O Departamento de Estado divulgou na segunda-feira os e-mails em que o conselheiro Sid Blumenthal enviou a Hillary exaustivos memorandos sobre questões internas, tendo um papel mais ativo no aconselhamento do que se acreditava.
Blumenthal pediu a Hilarry que falasse de modo mais incisivo contra o grupo de extrema direita Tea Party e fizesse com que a Casa Branca "controlasse" um importante assessor de Obama que o havia contrariado.
Os laços estreitos com Blumenthal, ex-assessor do presidente Bill Clinton, poderiam prejudicar a ex-primeira-dama num momento em que disputa a candidatura democrata para a eleição presidencial de novembro de 2016.
Hillary está sob pressão por ter usado uma conta privada de e-mail em vez de uma do governo quando serviu como encarregada da política externa dos Estados Unidos, de 2009 a 2013. Os opositores políticos a acusam de contornar as leis em matéria de transparência e de manutenção de dados do governo.
Cumprindo ordens de um juiz, o Departamento de Estado divulgou um novo lote de 7.000 páginas de e-mails de Hillary nesse período, lançando alguma luz sobre como ela lidou com o seu trabalho.
Blumenthal expressou frequentemente opiniões francas tanto sobre questões de política externa, incluindo o Oriente Médio, mas também sobre política interna do país.
(Reportagem adicional de Ginger Gibson, Erin McPike, John Whitesides, Emily Stephenson e Mark Hosenball)