Por Philip Pullella
VATICANO (Reuters) - O Vaticano e Mianmar estabeleceram relações diplomáticas completas nesta quinta-feira, minutos após o papa Francisco receber a líder do país, Aung San Suu Kyi.
A medida inesperada significa que o Vaticano terá mais influência diplomática em Mianmar, que enfrenta investigação internacional por atrocidades cometidas contra a minoria muçulmana Rohingya.
Existem aproximadamente 700 mil católicos em Mianmar, de acordo com o cardeal do país, Charles Maung Bo, em uma população total de 51,4 milhões, de maioria budista.
Anteriormente, o Vaticano era representado em Mianmar por um delegado apostólico da igreja local que estava sediado na Tailândia. A reaproximação significa que tanto o Vaticano como Mianmar vão nomear embaixadores de pleno direito.
O anúncio veio logo após o encontro do papa Francisco com Suu Kyi, a atual líder do governo civil de Mianmar e também a ministra de Relações Exteriores do país.
Suu Kyi assumiu o poder em 2016 por uma vitória esmagadora depois que os ex-líderes militares de Mianmar iniciaram uma transição política.
Em fevereiro, Francisco criticou severamente o tratamento do povo Rohingya, afirmando que eles foram torturados e assassinados simplesmente porque queriam viver a cultura e fé muçulmana.