Por Andrew Hay
(Reuters) - O sistema universitário da Flórida, em colaboração com o governador Ron DeSantis, ordenou nesta terça-feira que as faculdades fechassem uma organização estudantil pró-palestinos, banindo o grupo cuja liderança nacional apoiava o ataque do Hamas a Israel.
O Sistema Universitário Estadual da Flórida disse que o grupo Estudantes pela Justiça na Palestina (SJP, na sigla em inglês) precisou ser desmantelado como parte do que classificou como repressão do Estado liderado pelos republicanos às manifestações que forneçam "apoio prejudicial a grupos terroristas".
“Com base no apoio do SJP Nacional ao terrorismo, em consulta com o Governador DeSantis, os capítulos estudantis devem ser desativados”, escreveu o chefe do sistema, Ray Rodrigues, em um comunicado aos líderes universitários.
DeSantis, candidato à indicação presidencial republicana em 2024, adotou uma linha dura contra os palestinos, sugerindo que fosse negada água e serviços públicos aos civis de Gaza até que o grupo militante palestino Hamas liberte os mais de 200 reféns que fez no ataque mortal de 7 de outubro a Israel.
A União Americana pelas Liberdades Civis da Flórida disse que as ações de DeSantis eram inconstitucionais e um ataque à liberdade de expressão.
“Em vez de manter os estudantes e as comunidades seguras, o governo está simplesmente silenciando as ideias que não gosta”, afirmou o grupo em um comunicado, recusando comentar se iria tomar medidas legais.
Administradores de algumas universidades dos EUA criticaram o SJP Nacional depois que o grupo classificou o ataque do Hamas como "uma vitória histórica para a resistência palestina" e convocou um "dia de resistência" em 12 de outubro com manifestações de seus capítulos em mais de 200 faculdades nos Estados Unidos e Canadá.