Por Gram Slattery e Joseph Ax
TUSCALOOSA, Estados Unidos (Reuters) - A ex-embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) Nikki Haley foi alvo de repetidos ataques durante o debate presidencial republicano na quarta-feira, enquanto o governador da Flórida, Ron DeSantis, tentava diminuir o ímpeto da candidata poucas semanas antes da primeira disputa das primárias do partido em Iowa.
Os dois oponentes estão competindo para emergir como a principal alternativa ao ex-presidente Donald Trump, que tem mantido uma liderança dominante nas pesquisas de opinião antes da disputa de Iowa em 15 de janeiro.
O debate, que também incluiu o empresário de tecnologia Vivek Ramaswamy e o ex-governador de Nova Jersey Chris Christie, teve uma enxurrada de insultos com discussões sobre a guerra na Ucrânia, o conflito entre Israel e Hamas e a fronteira sul dos EUA.
Mas, além de Christie, que tem colocado as críticas a Trump no centro de sua campanha, nenhum dos candidatos no palco em Tuscaloosa, no Estado do Alabama, parecia disposto a atacar diretamente o ex-presidente, um reflexo de sua contínua popularidade entre os eleitores republicanos.
Ao ser questionado sobre os comentários de Trump em um evento da Fox News na terça-feira, de que ele não seria um ditador durante um segundo mandato, exceto no "primeiro dia", Christie o chamou de "um homem raivoso e amargo" com intenção de retaliação e exigiu repetidamente que DeSantis dissesse se acredita que Trump está apto para o cargo.
DeSantis desviou várias vezes, referindo-se à idade de Trump, de 77 anos, e argumentando que a Presidência é mais adequada para alguém mais jovem.
Haley também fez apenas críticas brandas, dizendo que Trump representava o "caos" e culpando-o por acrescentar bilhões de dólares à dívida nacional.
Em vez disso, DeSantis e Ramaswamy passaram a maior parte do tempo atacando Haley, que tem subido nas pesquisas e atraído o interesse de doadores com base em seu desempenho em debates anteriores.
"Ela cede sempre que a esquerda vem atrás dela, sempre que a mídia vem atrás dela", disse DeSantis sobre Haley durante a primeira resposta da noite, enquanto tentava explicar por que os eleitores deveriam apoiá-lo, apesar da posição dominante de Trump.
"Adoro toda a atenção, rapazes", disse ela, antes de sugerir que seus rivais estavam com inveja por ela ter o apoio de grandes doadores.
Assim como nos três primeiros debates, o ex-presidente - que lidera por mais de 40 pontos percentuais na maioria das pesquisas de opinião - não compareceu ao embate na quarta-feira, mas sim a um evento de arrecadação de fundos na Flórida.