Por Chine Labbé
PARIS (Reuters) - O fundador do partido francês de extrema direita Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, vai manter sua batalha legal para permanecer na legenda, apesar de ter sido excluído pela segunda vez, prosseguindo assim com a briga de família que tem prejudicado a campanha de sua filha para se tornar presidente da França.
O comitê executivo do partido votou na quinta-feira pela exclusão de Le Pen, de 87 anos, por suas declarações antissemitas, após discussões com ele que duraram várias horas. O movimento foi a última tentativa da Frente Nacional de pôr de lado a disputa e reforçar as perspectivas de sua filha, Marine Le Pen, na eleição presidencial de 2017.
"Eu não recebi notificação da decisão ainda. Quando isso acontecer, vou contestar, como já venho contestando", afirmou Le Pen à rádio RTL nesta sexta-feira.
Marine Le Pen sucedeu o pai como líder da Frene Nacional em 2011. Seu alinhamento com ele foi rompido em abril do ano passado, quando Le Pen voltou a dizer que as câmaras de gás da Segunda Guerra Mundial foram um "detalhe" da história.