Por Philip Pullella
SÃO PAULO (Reuters) - O Papa Francisco pediu neste domingo o respeito pelos direitos humanos e o fim da violência na Venezuela, onde quase 30 pessoas morreram neste mês.
Em seu pronunciamento semanal para dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, o pontífice criticou a "grave crise humanitária, social, política e econômica que está exaurindo a população".
A oposição venezuelana exige eleições, autonomia para a legislatura onde tem maioria, canal de ajuda humanitária do exterior para aliviar a crise econômica e liberdade para mais de 100 ativistas detidos pelo governo do presidente Nicolás Maduro.
"Faço um sincero apelo ao governo e a todos os componentes da sociedade venezuelana para evitar mais formas de violência, respeitar os direitos humanos e buscar solução negociada ...", disse o papa.
A oposição diz que Leopoldo Lopez, chefe encarcerado do radical Partido Vontade Popular, e outros são prisioneiros políticos e que as detenções simbolizam a entrada de Maduro na ditadura.
Maduro, por sua vez, afirma que todos estão atrás das grades por crimes legítimos, e alega que Lopez, de 45 anos, é o líder de um possível golpe.
As conversas lideradas pelo Vaticano entre o governo e a oposição foram derrubadas.
Francisco disse a repórteres, no avião que retornou do Cairo neste sábado, que "condições muito claras" eram necessárias para que as negociações fossem retomadas.