WASHINGTON (Reuters) - A pré-candidata republicana à Presidência dos Estados Unidos Nikki Haley se recusou na noite de quarta-feira a dizer que a escravidão foi uma das principais causas da Guerra Civil dos Estados Unidos, uma omissão que ela corrigiu nesta quinta-feira, mas não antes de receber repreensões dos democratas e de alguns de seus adversários.
Haley, que está competindo para ser a indicada de seu partido nas eleições presidenciais de 2024, foi questionada por um membro da plateia em um encontro em uma prefeitura no norte de New Hampshire sobre o que ela acreditava ser a causa da Guerra Civil, de acordo com uma conversa registrada pela CNN e vários outros meios de comunicação.
Em resposta, Haley primeiro fez uma pausa e disse: “Bem, não venha até mim com uma pergunta fácil”.
Ela então acrescentou: “Quero dizer, acho que a causa da Guerra Civil foi basicamente como o governo iria funcionar, o que você poderia ou não fazer, as liberdades no que as pessoas poderiam ou não fazer”.
Depois de algumas idas e vindas, o homem que fez a pergunta respondeu: “No ano de 2023, é surpreendente para mim que você responda a essa pergunta sem mencionar a palavra ‘escravidão’”.
Existe um amplo consenso entre os estudiosos de que a escravidão foi a principal causa da guerra, que ocorreu entre 1861 e 1865. Os Estados do Sul, que se separaram, se opuseram às tentativas dos Estados do Norte de limitar a instituição da escravidão, principalmente nos territórios ocidentais.
Na manhã desta quinta-feira, Haley tentou voltar atrás em seus comentários no programa de rádio The Pulse of NH.
“É claro que a Guerra Civil foi sobre a escravidão, essa é a parte fácil”, disse ela. "Sim, eu sei que era sobre escravidão. Sou do Sul."
(Reportagem de Gram Slattery)