Com a produção da safra 2017/18 a todo vapor, o preço do açúcar cristal continua caindo no mercado spot do estado de São Paulo. Já no mercado internacional, as cotações do demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures) começaram a se recuperar no final da semana passada. Mesmo assim, segundo cálculos do Cepea, os valores internos continuam tendo vantagem sobre os preços externos. De 26 a 30 de junho, as vendas de açúcar no spot paulista remuneraram 23,21% a mais que as externas. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior oferta de açúcar e o recuo de compradores são os principais motivos para a queda dos preços no spot paulista. De 26 de junho a 3 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180 cedeu 7,2%, para R$ 63,33/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 3.
ETANOL: PRESSÃO VENDEDORA E MAIOR OFERTA MANTÊM VALORES EM QUEDA
Os valores dos etanóis caíram na última semana, refletindo a pressão vendedora e as condições climáticas favoráveis à moagem de cana-de-açúcar, que resultaram em maior oferta no spot. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores até estiveram ativos no mercado, mas com ofertas menores que os preços pedidos por vendedores. Entre 26 e 30 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,2919/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), recuo de 1,84% na comparação com a semana anterior e a segunda queda consecutiva. No caso do etanol anidro, as baixas têm sido registradas há cinco semanas. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro teve média de R$ 1,4429/litro (sem PIS/Cofins), baixa de 3,26% na mesma comparação.
TRIGO: COM INCERTEZAS QUANTO À COLHEITA, COTAÇÕES DISPARAM
Os valores do trigo subiram expressivamente no mercado de balcão (preço pago ao produtor) em junho, devido às incertezas quanto ao volume a ser colhido na nova safra. Conforme pesquisadores do Cepea, os baixos preços do cereal no período de decisão de cultivo levaram produtores a reduzir significativamente a área destinada à cultura no Brasil. No Rio Grande do Sul, as cotações subiram 6,3%; no Paraná, 5,3%; e em Santa Catarina, 2,1%. No mercado de lotes, os aumentos foram de 8% no Rio Grande do Sul, de 4,6% em Santa Catarina e de 4,5% no Paraná. Quanto à comercialização neste período de entressafra, há pequenos volumes disponíveis para negociação e poucos lotes da nova temporada foram vendidos antecipadamente.
MELANCIA: PREÇOS SOBEM 55% NA ROÇA E 23% NO ATACADO
Os preços da melancia subiram na última semana, tanto nas roças quanto na Ceagesp. Conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, a colheita da fruta segue restrita à região de Uruana (GO), onde o preço médio da graúda (>12 kg) foi de R$ 0,78/kg entre 26 e 30 de junho, alta de 55% em relação à semana anterior. Na Ceagesp, por sua vez, os valores subiram em menor intensidade, com a média da melancia graúda a R$ 1,38/kg, aumento de 23% na mesma comparação. Nas roças, o menor número de lavouras disponíveis para colheita foi o principal motivo para a valorização da fruta. No entanto, comerciantes tiveram dificuldades para repassar as altas para o atacado, já que os negócios seguem em ritmo lento, devido ao período de final de mês e às temperaturas mais baixas no estado de São Paulo.