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Olha a bolha, olha a bolha...

Publicado 21.01.2014, 07:59
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À procura de um consenso

Com o feriadão nos EUA, temos total liberdade para começar a semana com as nossas próprias pernas. Adivinha? Vivemos um pregão de indefinição. Tudo bem que hoje tem vencimento de opções, sempre um estímulo à volatilidade. Mas a coisa vai muito além. Talvez não tenha percebido, mas estamos em uma fase de transição, à procura de um consenso. Lembrando que para você chegar em algum lugar neste concurso de beleza keynesiano é indispensável saber o que a maioria dos jurados pensa.

O primeiro dos ajustes

Na semana passada, conversamos bastante sobre a necessidade de ajuste nas expectativas, tanto em Bolsa quanto na curva de juros. Dito? Feito. O Boletim Focus desta segunda deu sequência a esse processo. A mediana das estimativas dos agentes econômicos para a Selic passou de 10,5% para 10,75% no fim de 2014, dando início a um processo de realinhamento de expectativas que vai além. Interessante que mesmo com a subida de juro o mercado espera ainda mais inflação este ano: e a projeção para o IPCA passou de 6,00% para 6,01%. Ou seja, teremos mais um ano de inflação superior àquela do exercício anterior (o pecado do regime de metas) e muito mais próxima do teto do que do centro da meta, ainda com risco de estourar o teto dos 6,5%?

Vá com os Tops

O Boletim Focus é divulgado semanalmente pelo Banco Central, trazendo a projeção para inflação, câmbio, juros, PIB e demais variáveis econômicas das principais instituições financeiras em atividade no Brasil, abrangendo aproximadamente 100 analistas. É, grosso modo, o que o mercado pensa. Mas no meio de tanta gente, se você pegar o Top 5 do Focus, a lista dos cinco caras com melhor índice de acerto, a expectativa para a Selic está em 11,5% em 2014, e a inflação em 6,19%. Pode soar oportunista, mas agora começam a parecer menos absurdas algumas de projeções antigas do M5M, de dólar acima de R$ 2,50 e Selic em pelo menos 11% no primeiro semestre. No meio desse processo de ajuste das expectativas, quem pegou carona no efeito Selic está se dando muito bem. Dólar fora de lugar
Já que estamos reformulando conceitos, outro que tende a sofrer uma alteração de viés, é, sem dúvida, o dólar. “Este comportamento atual é atípico e fruto de interferência da ação do BC e que poderá contribuir não para mitigar a volatilidade e os movimentos abruptos, mas sim para intensificá-los adiante, o que poderá causar impactos mais perturbadores.” As aspas, enfáticas, são do Sidnei Nehme, diretor da NGO, um dos grandes conhecedores da dinâmica do mercado de câmbio no Brasil. O Sidnei aposta em dólar a R$ 2,60 no final de 2014. A minha projeção - chute, ok? porque ninguém pode fazer algo melhor do que isso no câmbio - é de R$ 2,50 como patamar médio para o ano, com overshooting. Isso quer dizer que não espero que o dólar bate em R$ 2,50 e pare, mas sim que ultrapasse isso, para se estabilizar em torno disso.

Aconteceu, virou manchete!

Se o mercado está em dúvida do que pensar sobre os principais indicadores econômicos, o gringo já tomou a sua decisão. De volta de Baltimore hoje, o Felipe foi tão enfático quanto o Sidnei na sua afirmação de que “Brasil está totalmente fora do radar ainda”, após conversar com diversos gestores de fundos estrangeiros.

Hoje, a capa da Bloomberg traz uma manchete que mais parece da Ti, ti, ti ou da Contigo, e destaca justamente o Brasil e a sua relação com a maior gestora de fundos de investimento do mundo:
Olha a bolha, olha a bolha...

Quando o “Bom dia Brasil” fala de bolha imobiliária, é porque a coisa ficou séria? Bom, já falamos sobre as bolhas serem algo inerente à dinâmica capitalista - em tese, se há descolamento entre oferta e demanda, há uma potencial bolha nos preços. A questão é o seu tamanho e quando ela vai estourar. Nossa equipe de real estate pensa que as ações de imobiliárias estão sendo pressionadas pela escalada acima da expectativas para a Selic, e não por eventuais bolhas. Essa pressão não é tão ruim assim, pois revela dois mundos de incorporadoras listadas: premium x problemáticas. Neste debate do macro x micro, são estas distorções de interpretação que abrem grandes oportunidades, tanto em ações quanto em fundos imobiliários. PDG ou Brookfield não negociam abaixo do valor patrimonial por conta da bolha imobiliária, mas pelos erros de gestão e risco sobre a estrutura de capital. Ez-Tec e Helbor negociam bem acima do valor patrimonial. Quer dizer que não existe bolha imobiliária para elas?

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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