Relatório de Emprego dos EUA é destaque. Eleições fazem FTSE 100 avançar

ÁSIA: A maioria das bolsas asiáticas teve um desempenho mais firme nesta sexta-feira, com Xangai e Tóquio recuperando do sell-off, após um fechamento positivo de Wall Street e apostas de que Pequim lançará mais medidas de flexibilização depois de novos dados econômicos desanimadores.

As exportações da China caíram 6,2% em abril ante o ano anterior, após uma queda de 14,6% em março e as importações em abril recuaram 16,1% ante o ano anterior, em comparação com uma queda de 12,3% em março. O superávit comercial do país ampliou em abril para 210,21 bilhões de yuans, ante 18,16 bilhões de yuans em março.

Shanghai Composite da China subiu 2,7% e acabou com uma série de três dias de queda, quando registrou perda de quase 8%, provocada por preocupações de novas medidas do governo para acabar com a especulação e possibilidade de que os novos anúncios poderiam minar os fundos de ações existentes.

A suavidade nos dados de importação faz com que o mercado espere por uma maior flexibilização. É esperado mais um corte nas taxas de depósito obrigatório ao longo dos próximos meses. O corte de 100 pontos base na RRR, em 19 de abril, sugere que Pequim pode estar preparada para ter um corte mais agressivo do que as pessoas pensam.

Os caçadores de pechinchas saíram à caça de papéis fortemente vendidos esta semana; China Shipbuilding e China State Construction Engineering subiram mais de 1%, enquanto o Banco Agrícola da China obteve ganhos de 1,1%. Outros players do setor bancário também negociaram no lado positivo.

S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,20%, terminando na maior perda semanal em quase dois anos, com a piora do sentimento global e resultados decepcionantes dos bancos provocando um grande venda no mercado local. Os ganhos do banco de investimento Macquarie foram compensados ​​pelas perdas no setor de recursos. O índice foi negociado no azul na maior parte do dia, mas tombou pro lado oposto próximo do final do pregão.

Macquarie saltou 3,5% depois de postar seu melhor lucro anual desde 2008, antes da abertura do mercado, mas outras instituições financeiras não conseguiram segurar os ganhos. Commonwealth Bank of Australia e Australia and New Zeland Banking recuaram 0,6 e 2%, respectivamente

Preços de commodities mais fracos e dados comerciais ruins provenientes da China pesaram sobre os produtores de petróleo e de minério de ferro. Santos e Woodside Petroleum caíram 4,9 e 3,6% cada. Entre as mineradoras, BHP afundou 1,8% no dia e 3,7% na semana, Rio Tinto (LONDON:RIO) perdeu 0,2% no dia, mas ganhou 0,2% na semana. O minério de ferro deslizou 0,9% para US$ 60,36 a tonelada.

Enquanto isso, o Banco da Reserva da Austrália (RBA) reduziu suas estimativas de crescimento e de inflação para 2015 e 2016, dizendo que a economia continuará a crescer a uma taxa abaixo da média por um período mais longo do que o esperado. Esta declaração de política monetária trimestral veio depois do banco cortar a taxa em 25 pontos base na quinta-feira.

Nikkei do Japão subiu 0,45% e se afastou da baixa de um mês, puxado pelo apoio de Wall Street e um desempenho robusto das ações da Nintendo, após publicar seu primeiro lucro anual em quatro anos. O peso-pesado Fast Retailing devolveu os ganhos anteriores para fechar estável, após entregar um aumento de 19,3% nas vendas anuais em suas lojas próprias em abril. A montadora Toyota avançou 0,8%, antes de anunciar seus resultados do primeiro trimestre.

EUROPA: As bolsas europeias sobem, liderados pela alta do índice FTSE 100, que avança com indicações de que o Partido Conservador está a caminho de vencer as eleições parlamentares do Reino Unido.

O Stoxx Europe 600 sobe 1,51%, com setor bancário adicionando mais de 2%. As ações da suíça Syngenta disparam 15%, após a gigante agroquímica dizer que não aceitaria uma oferta de aquisição da rival americana Monsanto, alegando que o acordo proposto subestimava o valor da empresa. Syngenta disse que a oferta da Monsanto foi de 449 francos suíços (486,20 dólares) por ação, com cerca de 45% do pagamento em dinheiro.

Em Londres, as ações do Barclays (LONDON:BARC) avançam 4,2%, Lloyds dispara 7% e RBS registrou uma alta de 5,7%. Entre as mineradoras, BHP Billiton e Rio Tinto sobem entre 0,8 e 0,9% cada.

O déficit comercial do Reino Unido reduziu em março, depois de ampliar acentuadamente no mês anterior. A diferença entre o valor dos bens vendidos no exterior e o que foi comprado foi de -10,1 bilhões de libras (15,6 bilhões de dólares) durante o mês, ante um déficit de GBP 10,8 bilhões em fevereiro. As exportações recuperaram ligeiramente, enquanto as importações caíram em relação à fevereiro.

Na Alemanha, a produção industrial em março, ajustada pela inflação e oscilações sazonais, diminuiu 0,5% em março e ficou bem abaixo das previsões dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal que previam um ganho de 0,4%, mostrando claramente que está estagnada, refletindo a demanda ainda fraca de outros países da zona do euro, mas também uma diminuição contínua de investimentos.

As exportações alemãs continuaram a subir em março, estendendo os ganhos do mês anterior, com crescimento sólido para países fora da zona do euro. As exportações cresceram 1,2% em março em comparação com fevereiro, após aumento de 1,4% em fevereiro, enquanto as importações subiram 2,4% em março, depois de um crescimento de 1,3% no mês anterior.

O superávit comercial ajustado na maior economia da Europa foi de 19,3 bilhões de euros (21,84 bilhões de dólares americanos), ligeiramente abaixo da previsão dos economistas de EUR19,8 bilhões em uma pesquisa realizada pelo The Wall Street Journal.

EUA: As atenções se voltam para o relatório de emprego ainda hoje, que deverá dar pistas sobre o estado da recuperação dos Estados Unidos e sua capacidade de suportar o aumento da taxa de juros. Uma pesquisa da Reuters espera que os EUA tenha adicionado 208 mil empregos em abril, após registrar seu pior relatório desde Dezembro de 2013 em março, com a criação de apenas 126 mil postos de trabalho.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
9h30 - Relatório de Emprego, composto por: Unemployment Rate (taxa de desemprego), Nonfarm Payrolls (pesquisa realizada em cerca de 375 mil empresas, que mostra o número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária), Average Workweek (média de horas trabalhadas por semana) e Hourly Earnings (média de remunerações por hora trabalhada);
11h00 - Wholesale Inventories (dados de vendas e estoques no atacado americano);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h50:

ÁSIA
Nikkei: +0,45%
Austrália: -0,20%
Shanghai Composite: +2,30%
Hong Kong: +1,07%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,51%
London - FTSE: +1,86%
Paris CAC +0,61%
IBEX 35: +0,63%
FTSE MIB: +0,82%

COMMODITIES
BRENT: +0,16%
WTI: +1,95%
OURO: +0,29%
COBRE: +0,45%
SOJA: -0,10%
ALGODÃO: +0,39%

ÍNDICES FUTUROS
DOW: +0,18%
SP500: +0,16%
NASDAQ: +0,25%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.