A 30ª edição do maior evento de chocolate de origem da América Latina, o Chocolat Festival, prevê movimentar até R$ 5 milhões ao longo de quatro dias de evento em Ilhéus (BA), com mais de 300 expositores de ao menos 120 marcas nacionais e internacionais. Localizado no Centro de Convenções da cidade, ao Sul da Bahia, o evento também é sede do 6º Fórum Anual do Cacau, um dos maiores eventos de sustentabilidade do setor no País, promovido pela iniciativa CocoaAction Brasil, com correalização do Sebrae e do Grupo M21. O encontro tem entre seus objetivos disseminar conhecimento, compartilhar casos de sucesso e unir os diferentes atores da cadeia. São esperados 65 mil visitantes, segundo o CEO do Chocolat Festival, Marco Lessa.
Até o domingo (23), produtores, chocolateiros, jovens empreendedores, chefs especializados, pesquisadores e técnicos poderão acompanhar expositores sobre as inovações e a cultura do cacau. Além da feira de venda de chocolates e outros derivados, o festival promove cursos, palestras e workshops. Nesta sexta, 21, painéis e apresentações abordam desde a importância da adubação para elevação da produtividade até o mercado de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) sustentável na Mata Atlântica.
Na abertura oficial do evento, realizada na quinta (20), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), ressaltou que, além dos chocolates, o evento apresenta inovações do setor. "O cacau é um pilar muito forte da região e o festival traz consigo ciência, tecnologia e inovação", afirmou. Ele ainda ressaltou as possibilidades de abertura de mercado para exportação do produto, uma vez que se busca a autossuficiência de cacau no Brasil. "A gente não pode ainda fornecer cacau para Índia ou China, porque estamos aquém da capacidade de produção", ressaltou.
Em coletiva de imprensa, representantes de todos os elos da cadeia do cacau reforçaram que o setor se reorganizou, nos últimos cinco anos, para avançar com as pautas de forma colaborativa."A gente não vai conseguir desenvolver e materializar oportunidades se não for por força coletiva", afirmou a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Renata Miranda. "O futuro é da retomada da autossuficiência e da exportação, não só da amêndoa, mas do produto agregado, do produto acabado", acrescentou a presidente-executiva da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Anna Paula Losi.
O 14º Festival Internacional do Chocolate e Cacau em Ilhéus é uma realização da MVU Empreendimentos, em parceria com o Estados da Bahia e do Pará, a Associação do Turismo de Ilhéus (Atil), o Centro de Inovação do Cacau (CIC), a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Ministério da Agricultura, a Associação dos Produtores de Cacau (APC), entre outras entidades.
*A jornalista viaja a convite da CocoaAction Brasil.