Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

Conservadora na previsão de soja do Brasil, Conab vê salto na safra de milho

Publicado 11.10.2018, 15:51
Atualizado 11.10.2018, 15:51
© Reuters. Pessoa segura grãos de milho em Sorriso, Mato Grosso

Por José Roberto Gomes e Jake Spring

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - A safra de soja 2018/19 do Brasil, em fase de plantio, deve se manter estável ou mesmo cair ante o ciclo anterior, com rendimentos menores atenuando o aumento de área, afirmou nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Se foi conservadora na previsão de safra de soja, na comparação com as expectativas do mercado, a Conab apontou salto de mais de 10 por cento na colheita de milho, o que pode garantir uma produção recorde de grãos e oleaginosas no atual ciclo.

Em seu primeiro levantamento para a safra vigente, a Conab estimou uma colheita de soja entre 117,04 milhões e 119,42 milhões de toneladas, ante históricos 119,28 milhões em 2017/18.

Em recente pesquisa da Reuters, analistas e consultorias apostaram em uma safra maior, próxima a 120,40 milhões de toneladas, no Brasil, o maior exportador global da commodity.

A quantidade apontada pela Conab também fica aquém dos 120,5 milhões de toneladas reafirmados nesta quinta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório mensal de oferta e demanda. [nL2N1WR0RX]

Conforme a Conab, a estimativa menos otimista que a do mercado leva em conta uma possível queda na produtividade, para 3,30 toneladas por hectare (-2,7 por cento), apesar de a área poder crescer para um recorde entre 35,44 milhões e 36,17 milhões de hectares, de 35,15 milhões em 2017/18.

"A área projetada de soja está em linha com as nossas expectativas e sugere que, se as condições climáticas permitirem, podemos ter uma safra 2018/19 recorde no Brasil, com produção acima dos 122 milhões de toneladas", avaliou o analista sênior de agronegócios do Itaú BBA, Guilherme Bellotti.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

A soja é a principal cultura agrícola do Brasil e item de grande peso na pauta de exportação do país. Segundo a Conab, a expansão no plantio reflete os ganhos obtidos pelos sojicultores neste ano marcado por grande apetite chinês e alta do dólar.

"A soja, pela sua demanda, é um produto com forte liquidez e a despeito das expectativas da grande safra norte-americana, os preços ainda estão em patamares considerados remuneradores pelos produtores", afirmou a estatal em relatório.

"O ambiente que antecede as eleições, combinado com a volatilidade do dólar, tem proporcionado um quadro de suporte dos preços no âmbito interno, reforçando a aposta dos produtores no incremento de área para a oleaginosa", acrescentou a Conab.

Atualmente, a referência do Cepea, da Esalq/USP, para a saca de soja está perto de 90 reais, contra 70 reais há um ano. Em contrapartida, os preços da commodity na Bolsa de Chicago trabalham no terreno de 8 dólares por bushel, perto do menor nível em uma década, em razão da disputa entre Estados Unidos e China.

SAFRA RECORDE

Embora as perspectivas da Conab para a safra de soja vigente sejam mais tímidas, a tendência é de que produção total de grãos e oleaginosas do Brasil cresça ante 2017/18, podendo atingir um recorde, graças ao milho, cultura que no último ano foi prejudicada por uma área plantada menor e condições climáticas adversas.

A produção total de milho do Brasil em 2018/19 deve atingir algo entre 89,73 milhões e 91,08 milhões de toneladas, contra 80,78 milhões de toneladas em 2017/18, oferta esta que permitiria ao país exportar um volume recorde do cereal.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Do total previsto, entre 26 milhões e 27,35 milhões de toneladas devem ser de milho primeira safra, em plantio, e 63,73 milhões, de segunda. Os números ainda podem variar sensivelmente, uma vez que a chamada "safrinha" só é plantada após a colheita de soja.

A área plantada com o cereal deve variar de 16,60 milhões a 16,82 milhões de hectares --de 16,63 milhões em 2017/18-- sendo de 5,05 milhões a 5,27 milhões de hectares na safra de verão.

Dessa forma, graças ao milho, a Conab prevê uma produção total de grãos e oleaginosas em 2018/19 entre 233,55 milhões e 238,64 milhões de toneladas, versus 227,81 milhões de toneladas no ano anterior. Caso o limite superior das estimativas se concretize, ultrapassaria o volume histórico de cerca de 237 milhões de toneladas visto em 2016/17.

"Se nós tivermos um clima ideal... Nós poderemos ter a maior safra brasileira de grãos", destacou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em coletiva de imprensa em Brasília.

Segundo o órgão do governo, a área plantada total neste ano deve variar de 61,87 milhões a 63,14 milhões de hectares, contra 61,73 milhões em 2017/18.

(Por José Roberto Gomes, em São Paulo, e Jake Spring, em Brasília; com reportagem adicional de Roberto Samora)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.