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SÃO PAULO (Reuters) - A Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, elevou nesta sexta-feira sua previsão de recebimentos de café em 2025 para 6,1 milhões de sacas de 60 kg, ante 5,6 milhões de sacas na previsão de fevereiro.
Se confirmado, o volume de recebimentos, que inclui café de cooperados e comprado de terceiros, ficaria praticamente estável na comparação com o total de 2024.
Do total, os recebimentos dos cooperados foram estimados em 5 milhões de sacas, versus 4,5 milhões previstos em fevereiro, quando a cooperativa antecipou projeções à Reuters.
Já o total captado junto a terceiros foi previsto em 1,1 milhão de sacas em 2025, praticamente estável ante 2024.
A despeito das preocupações com os impactos do clima para as lavouras, o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, disse que espera uma safra de 2025 parecida com a de 2024. A cooperativa, que trabalha apenas com grãos arábica, atua nas principais regiões de Minas Gerais e parte de São Paulo.
Ele citou problemas nas floradas para a colheita deste ano e um veranico em fevereiro. Antes disso, chuvas tinham retornado a partes das áreas produtoras, entre o final do ano e janeiro, melhorando as condições dos cafezais.
Melo disse que a colheita do café arábica, que geralmente começa em maio, ainda dependerá do clima nas próximas semanas. O presidente da Cooxupé evitou fazer uma estimativa numérica.
RECEITA MAIOR
Com relação aos embarques de café, a Cooxupé espera volumes de cerca de 6 milhões de sacas em 2025, estáveis ante número de fevereiro, mas uma queda em relação às 6,6 milhões sacas em 2024. Os volumes consideram exportações e vendas para o mercado interno.
Do total, cerca de 4,9 milhões de sacas deverão ter como destino a exportação, contra 5,1 milhões de sacas direcionadas para o mercado externo em 2024, afirmaram os dirigentes da Cooxupé, também a maior exportadora de café do Brasil
Com preços sustentados, a Cooxupé estima que faturamento da cooperativa deve crescer em 2025 ante o recorde de R$10,7 bilhões em 2024, disse nesta sexta-feira o vice-presidente da cooperativa, Osvaldo Bachião Filho, por ocasião da divulgação do balanço do ano passado.
Melo acrescentou que o faturamento vai depender do mercado, mas destacou que o produtor está mais capitalizado e deve escolher os melhores momentos para venda.
"Quem está mandando no mercado hoje é o produtor, dado este nível de capitalização...", disse ele, em referência aos altos preços obtidos ao longo do último ano.
Entretanto, os preços atuais estão mais elevados na comparação com o mesmo período do ano passado. Na bolsa de futuros ICE, estão cotados a 3,76 dólar por libra-peso, versus menos de 2 dólares ao final de março de 2024.
(Por Roberto Samora)