SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Grupo CPFL, Wilson Ferreira Junior, elogiou a proposta apresentada pelo governo para equacionar perdas das empresas de energia com o déficit de geração hidrelétrica e disse que a solução "reestabelece a capacidade de investimento" das empresas de geração.
Em nota enviada à imprensa, o executivo afirmou que uma "análise preliminar" da Medida Provisória 688, que abre a possibilidade de compensação às empresas por meio de extensão de contratos de concessão, tendo como contrapartida o pagamento de um prêmio de risco e investimentos em energia de reserva, "equaciona o déficit econômico acumulado pelos geradores hídricos".
A CPFL, que participou ativamente das negociações com o governo na preparação da proposta de acordo sobre o assunto, acredita que a solução encontrada "não onera os consumidores", "mitiga o risco hidrológico" e reduz riscos de judicialização e inadimplência no setor, além de cobrar das empresas um "prêmio compatível ao risco transferido", segundo Ferreira.
Os pontos gerais apresentados pela MP 688 serão detalhados em regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que conduz audiência pública sobre o tema até 8 de setembro.
(Por Luciano Costa; Edição de Gustavo Bonato)