Por Alexandre Meneghini e Marc Frank
MATANZAS, Cuba (Reuters) - Enormes nuvens de fumaça subiam nesta quarta-feira do maior depósito de combustíveis de Cuba, em Matanzas, enquanto bombeiros cubanos, mexicanos e venezuelanos, além de helicópteros e barcos lançavam água e espuma sobre os restos fumegantes do maior incêndio da história da ilha.
A situação era semelhante a um forno do tipo "barbacoa", onde o carvão é coberto com cinzas brancas, mas permanece em brasa viva depois que as chamas se apagaram.
"Já podemos dizer que o incêndio está controlado... hoje nos sentimos mais tranquilos, embora ainda tenhamos que extingui-lo (totalmente), e isso não será hoje", disse o tenente-coronel Alexander Ávalos, vice-chefe de Extinção do Corpo de Bombeiros de Cuba.
O depósito é parte do terminal de grandes embarcações de Matanzas, o maior para receber petróleo cru e combustíveis. O petróleo pesado cubano, assim como óleo combustível e o diesel armazenados na província em 10 tanques imensos, são utilizados principalmente para a geração de eletricidade na ilha.
Um raio caiu na noite da sexta-feira sobre um dos tanques de armazenamento de combustíveis, e o fogo se estendeu a um segundo depósito no domingo, envolvendo na segunda-feira a área de quatro tanques, enquanto foram ouvidas fortes explosões, apesar dos esforços dos bombeiros locais, apoiados por equipamentos e suprimentos mexicanos e venezuelanos.
Alguns moradores da região, que deixaram o local e foram para casas de amigos e familiares, começaram a voltar para suas residências nesta quarta-feira, apesar das advertências do governo.
(Reportagem de Marc Frank e Nelson Acosta)