O ouro fechou em alta moderada nesta sexta-feira, 22, após dados índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) indicarem contração na Europa e desaceleração nos Estados Unidos, ampliando a demanda pelo metal. Os ganhos são limitados, no entanto, em meio à perspectiva de juros em níveis restritivos por mais tempo, que tende a apoiar o dólar.
O contrato do ouro para dezembro fechou em alta de 0,30%, em US$ 1.945,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, o preço teve recuo marginal de 0,03%.
"Juros 'mais altos por mais tempo' continua sendo uma criptonita para o ouro. Mas as perspectivas de arrefecimento do crescimento global estão começando a atrair fluxos em busca de refúgio seguros em direção ao ouro", comentou o analista da Oanda Edward Moya.
Nesta sexta, índices de gerentes de preços apontaram retração da atividade no Reino Unido e na zona do euro, e menor expansão nos EUA.
Moya disse que os investidores precisarão ver uma grande depreciação da moeda americana para que a cotação do ouro suba para além de US$ 2.000. No entanto, o dólar deve subir como resultando da iminência do fim do ciclo de aperto aos juros, ainda segundo o economista.