O ouro fechou em alta robusta nesta terça-feira, 29, com atratividade ampliada pela queda nos juros dos Treasuries e do dólar no exterior, após dados sinalizarem arrefecimento do mercado de trabalho e da economia dos Estados Unidos.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,94%, a US$ 1.965,10 por onça-troy.
Analista da Oanda, Craig Erlam avalia que o ouro conseguiu "ganhos decentes" nesta terça-feira, impulsionado pela fraqueza do dólar e dos juros dos Treasuries em reação ao recuo na abertura de vagas dos EUA, apontada pelo relatório Jolts, e na confiança do consumidor, medida pelo Conference Board. Os dados reverteram expectativa de mais aperto pelo Federal Reserve (Fed) ainda neste ano e anteciparam projeções de cortes nos juros em 2024, conforme monitoramento do CME Group.
Contudo, Erlam observa que o metal precioso pode voltar a ser pressionado ainda nesta semana. "A narrativa de rendimentos mais elevados durante mais tempo, o que elevou o dólar, e os rendimentos a longo prazo, à custa do metal amarelo, poderão ser postos à prova esta semana, com o PIB, a inflação, o emprego e as divulgações do PMI ainda por vir."
Para o ING, medidas anunciadas pela China nesta semana para apoiar a recuperação econômica do país - em especial, os setores de transporte, infraestrutura e imobiliário - ajudaram a melhorar o sentimento nos mercados financeiros, beneficiando também o ouro.