Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve queda nesta quinta-feira, 21, invertendo a alta de mais cedo com a decisão da Rússia em restringir temporariamente exportações de diesel e gasolina como esforço para conter as pressões internas de preços dos combustíveis. O impulso aos preços dos futuros, contudo, perdeu força uma vez que investidores parecem seguir assimilando o receio sobre impacto na demanda de sinalizações de políticas monetárias restritivas em grandes economias consumidoras de commodity, incluindo nos Estados Unidos.
O contrato do barril do WTI para novembro mostrou leve queda de 0,30%, a US$ 93,24 na New York Mercantile Exchange (Nymex). O contrato do Brent para igual mês terminou com variação negativa de 0,04%, a US$ 89,62, na Intercontinental Exchange (ICE).
A Rússia introduziu restrições temporárias à venda de gasolina e diesel, em uma decisão tomada para estabilizar os preços dos combustíveis no mercado interno. O decreto com a suspensão das vendas foi assinado pelo primeiro-ministro Mikhail Mishustin, segundo comunicado do governo russo nesta quinta-feira.
A notícia impactou os preços, disse Thiago Vetter, consultor da StoneX. Segundo o analista, foi mantida a venda para alguns países com os quais Moscou tem uma relação melhor e acordos diplomáticos - Bielorrússia, Cazaquistão, Armênia e Quirguizistão.
Um dia após a sinalização do Federal Reserve (Fed) de que pode ainda promover uma alta adicional na taxa de juros neste ano, os ativos de risco seguiram pressionados pela percepção de que as políticas restritivas devem ser mantidas nas principais economias. Hoje, o Banco da Inglaterra contrariou a expectativa de aumento de taxas, porém, com vantagem de apenas um voto em relação aos diretores que defendiam a elevação. O BC inglês indicou também que os juros terão de ficar "suficientemente restritivos por período suficientemente longo". Os juros subiram ainda na Suécia, Noruega e Turquia.