Investing.com - O petróleo fechou em queda nesta quarta-feira com receios de um aumento da sobreoferta com a retomada da produção dos EUA, após a agência de energia (EIA) do país mostrar uma queda dos estoques abaixo do esperado.
Em NY, o petróleo para entrega em maio cedeu US$ 2,05 para fechar a US$ 50,44 o barril, com a expectativa de que a produção norte-americana compense os esforços globais coordenados pela Opep para reduzir a sobreoferta. O Brent cedeu US$ 1,97 e fechou a US$ 52,84 o barril. A queda de 4% no preço do petróleo é a maior perda diária desde março.
A queda da commodity pesa sobre as ações da Petrobras (SA:PETR4) que perdem 3% e são negociadas a R$ 13,70, menor nível desde 27 de março. Os papéis ordinários perdem 2,5% para serem vendidos a R$ 14,10.
Para a semana terminada em 12 de abril, a EIA mostrou queda de 1,034 milhão de barris comparado à expectativa de redução de 1,470 milhão de barris.
Os estoques de gasolina aumentou 1,542 milhão de barris contrariando o consenso que previa queda de 1,938 milhão de barris. Os estoques de óleos, entre eles o diesel, caiu 1,955 milhão de barris maior do que previsão de redução de 0,988 milhão de barris.
A surpreendente alta nos estoques de gasolina mexeu com o humor do mercado, pois abril se tende a ser um mês de virada para um maior consumo do combustível nos EUA, que atinge seu pico no verão do hemisfério norte.
A alta dos estoques veio um dia após dados mensais da EIA mostrarem que a atividade de perfuração do país aponta para aumento na produção do shale que deverá atingir 5,19 milhões de barris/dia em maio.
Os investidores aguardam que a reunião da Opep no fim de maio deverá confirmar a extensão do acordo de corte de produção.
No fim de novembro de 2016, os membros do cartel e grandes exportadores chegaram a um pacto para cortar 1,8 milhão de barris/dia a extração global a partir de janeiro. O acordo expira no final de junho.