Por Barani Krishnan
Investing.com - Os preços do petróleo avançaram na quarta-feira após a redução dos inventários de petróleo bruto divulgada pelo governo dos EUA equilibrar o aumento de produção anunciado pela OPEP+.
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O petróleo WTI, referência do petróleo nos EUA, fechou em alta de US$ 0,12, ou 0,1%, a US$ 88,32 por barril.
O Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, avançou US$ 0,26, ou 0,3%, fechando a US$ 89,42.
Os mercados do petróleo iniciaram a semana vindo de um rali de 6 semanas, alimentado pelas preocupações geopolíticas em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, além da próxima reunião mensal dos produtores de petróleo na aliança OPEP+ — que nunca deixa de proporcionar sua própria dose de drama para manter os preços do petróleo acesos.
A OPEP+, ao final da sua reunião de fevereiro na quarta-feira, aprovou mais 400.000 barris por dia em produção que se iniciará em março.
A aliança global de produtores de petróleo vem aumentando a produção em incrementos de 400.000 bpd há meses, após chegar a cortar 10 milhões bpd em 2020, no auge da devastação sobre a demanda causada pela pandemia do coronavírus.
Inicialmente, os aumentos anunciados pela OPEP+ tiveram impacto sobre os preços do petróleo. Contudo, recentemente, eles não têm gerado muito impacto em meio a evidências de que muitos membros da aliança não conseguiram incrementar a produção o suficiente devido a limitações de produção em campos de petróleo com subinvestimentos ao longo dos dois anos de pandemia.
O anúncio de quarta-feira da OPEP+ foi ainda mais diluído pelo Relatório Semanal sobre o Status do Petróleo publicado pela Energy Information Administration (EIA) dos EUA. O relatório mostrou que os inventários de petróleo bruto caíram 1,046 milhão de barris durante a semana finda em 28 de janeiro. Os analistas da indústria acompanhados pelo Investing.com antecipavam um acúmulo de petróleo bruto de 1,525 milhões de barris.
Além do estoque nacional de petróleo, o petróleo bruto armazenado no ponto de entrega de Cushing, Oklahoma para o WTI — uma matriz da indústria acompanhada de perto — também caíram na semana passada, em 1,2 milhão de barris, expandindo as preocupações de que o centro de armazenamento possa estar passando por apertos no fornecimento, segundo alguns negociantes.
Os estoques de gasolina subiram 2,119 milhões de barris na semana passada, segundo a EIA, em comparação com as expectativas de um acúmulo de 1,645 milhão de barris. A gasolina é o principal combustível dos EUA.
Os estoques de gasolina se inflaram nos últimos meses à medida que os refinadores pareciam maximizar o processamento de combustível às vésperas de manutenções planejadas de unidades em março. A escalada da temperaturas de inverno em janeiro geralmente também acarreta menor movimentação nas estradas entre os norte-americanos.
Os estoques de destilados, que incluem diesel e óleo para aquecimento, caíram 2,411 milhões de barris, contra as expectativas de um consumo de 1,492 milhão de barris, como demonstraram os dados da EIA. Os destilados são refinados em diesel para caminhões, ônibus, trens e navios, bem como combustível de avião para jatos.