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Investing.com-Os preços do ouro caíram na quinta-feira, estendendo as quedas recentes, já que um acordo comercial entre EUA e Japão e uma série de fortes resultados do setor de tecnologia impulsionaram o apetite por risco e reduziram ainda mais a demanda por ativos de refúgio.
Às 10:00 (horário de Brasília), o ouro à vista caiu 0,5% para US$ 3.369,40 a onça, enquanto o ouro futuro caiu 0,7% para US$ 3.374,50/oz.
O metal amarelo reverteu a maior parte de seus ganhos desta semana na quarta e quinta-feira, recuando de uma máxima de mais de um mês.
No entanto, o ouro permanece amplamente dentro da faixa de negociação de US$ 200/oz observada durante a maior parte deste ano, enquanto luta para retomar as máximas recordes acima de US$ 3.500/oz atingidas em abril.
Ouro e metais preciosos caem com otimismo comercial
Os preços do ouro e dos metais preciosos em geral foram pressionados pela melhora do apetite por risco, uma tendência iniciada principalmente pelo acordo comercial entre EUA e Japão no início da semana. O Japão enfrentará tarifas americanas de 15% sobre suas exportações, menor que a taxa de 25% inicialmente ameaçada por Trump.
O acordo aumentou as esperanças de que Washington fechará mais acordos comerciais antes do prazo de 1º de agosto estabelecido por Trump para tarifas mais altas contra uma série de grandes economias, com a Europa e a Índia sendo vistas como próximas de assinar acordos.
O apetite por risco também foi impulsionado por alguns resultados positivos do setor de tecnologia, depois que a Alphabet (NASDAQ:GOOGL), proprietária do Google, relatou um segundo trimestre mais forte do que o esperado, impulsionado pela demanda relacionada à inteligência artificial.
Em outros lugares, a platina à vista caiu 1,8% para US$ 1.428,35/oz e a prata caiu 0,5% para US$ 39,328/oz, com ambos os metais também recuando dos ganhos obtidos no início desta semana.
Os metais industriais se beneficiaram da melhora do risco.
O cobre futuro de referência na Bolsa de Metais de Londres subiu 0,1% para US$ 9.932,85 a tonelada, enquanto o cobre futuro COMEX subiu 1,3% para US$ 5,8933 a libra. Ambos os contratos acumulavam ganhos robustos esta semana.
Compra de ouro da China no primeiro semestre cai em ritmo mais lento
O consumo de ouro da China caiu em um ritmo mais lento no primeiro semestre de 2025, já que a demanda por refúgio seguro permaneceu forte e compensou parcialmente a demanda mais fraca por joias.
A compra de ouro nos primeiros seis meses de 2025 caiu 3,5% em relação ao ano anterior, para 505,205 toneladas métricas, em comparação com uma queda de 5,6% no mesmo período em 2024, mostraram dados da Associação de Ouro apoiada pelo estado chinês.
A queda foi impulsionada principalmente pela demanda mais fraca por joias, já que os consumidores recuaram diante dos preços mais altos do metal. Mas isso foi parcialmente compensado pela forte demanda institucional, pois as incertezas comerciais e econômicas elevadas fizeram com que os investidores comprassem mais ouro.
A China está entre os maiores consumidores de ouro do mundo, com o Banco Popular também sendo visto acumulando ouro nos últimos meses.
Ambar Warrick contribuiu para este artigo
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