Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo atingiram a máxima desde 2014 nesta terça-feira, devido à escassez de oferta global e à forte demanda nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial.
A forte alta veio antes dos relatórios de estoques dos EUA do Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), um grupo da indústria, na terça-feira, e da Administração de Informações de Energia dos EUA na quarta-feira.
Analistas esperam que os últimos dados semanais dos estoques de petróleo dos EUA mostrem um aumento de 1,9 milhão de barris nos estoques de petróleo.
Os futuros do Brent avançaram 0,41 dólar, ou 0,5%, para fechar em 86,40 dólares o barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) encerrou em alta de 0,89 dólar, ou 1,1%, a 84,65 dólares.
Esses foram os maiores fechamentos para ambas as marcas de referência globais desde outubro de 2014.
"A crise energética ainda não está perto de diminuir, então esperamos força predominante nos preços do petróleo em novembro e dezembro, já que a oferta está atrasada e a Opep+ permanece à margem", disse Louise Dickson, analista sênior de mercados de petróleo da Rystad Energy.
A Opep+, formada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, como a Rússia, está atualmente aumentando a produção em 400.000 barris por dia (bpd) a cada mês, mas tem resistido às chamadas para aumentar a produção mais rapidamente em resposta ao aumento dos preços.
(Reportagem adicional de Aaron Sheldrick em Tóquio e Dmitry Zhdannikov em Londres)