Investing.com - Os preços do petróleo apresentaram forte queda nesta quarta-feira com o fim da greve de três dias dos trabalhadores do setor no Kuwait e os traders especulam que os níveis de produção devem retornar rapidamente aos níveis normais.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em junho caiu 81 centavos, ou 1,91%, e foi negociado a US$ 41,62 por barril, às 08h25min. GMT.
O Brent de referência mundial caiu 86 centavos, ou 1,95%, para US$ 43,18 na bolsa ICE Futures Europe.
A greve nacional no Kuwait retirou 1,3 milhão de barris por dia do mercado e ajudou a apoiar os preços do petróleo após os principais produtores não terem conseguido chegar a um acordo sobre um congelamento da produção nas negociações em Doha no fim de semana.
O fim da greve viu as preocupações com o excesso de abastecimento mundial voltarem a ficar em evidência.
As negociações entre os principais produtores no domingo terminaram sem um acordo sobre um congelamento da produção, destinado a controlar a produção em excesso que tem visto os preços despencarem dos níveis de US$ 115 alcançados em meados de 2014.
As negociações entraram em colapso após a Arábia Saudita ter exigido que o Irã, membro da OPEP, também aderisse ao acordo para limitar a produção.
O Irã disse que não vai participar de um congelamento da produção até que seus níveis voltem para onde estavam antes das sanções internacionais impostas devido ao seu programa nuclear.
As preocupações com o excesso de oferta ficaram em evidência após dados do grupo petrolífero, American Petroleum Institute, terem mostrado que as reservas de petróleo dos EUA subiram mais do que o esperado na semana passada.
As reservas de petróleo subiram 3,1 milhões de barris na semana de 15 de abril, para 539,5 milhões, abaixo das expectativas dos analistas para um aumento de 1,6 milhão de barris.
As reservas de petróleo em Cushing, Oklahoma, centro de entrega de WTI, caíram 235.000 barris, de acordo com o API.