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Safra de soja do Brasil tem números revisados, consultorias mostram visões opostas

Publicado 01.03.2024, 12:21
Atualizado 01.03.2024, 17:06
© Reuters. Soja
31/01/2019
REUTERS/José Roberto Gomes

Por Ana Mano e Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - Uma consultoria de agronegócio elevou nesta sexta-feira a previsão para a safra de soja 2023/24 do Brasil, enquanto outra reduziu sua projeção, indicando como diferentes metodologias e eventos climáticos imprevisíveis dificultam a estimativa da produção do país nesta temporada.

A safra de soja do Brasil em 2023/2024 foi estimada pela StoneX nesta sexta-feira em 151,5 milhões de toneladas, alta de 1,15 milhão de toneladas na comparação com a previsão do mês passado.

Uma alta mensal nas estimativas na safra de soja, atingida pela seca e calor, foi rara na temporada 2023/24 do Brasil. Mas a StoneX indicou uma melhora climática por chuvas recentes ao norte do país, após seguidos cortes nas previsões.

"O aumento na produção brasileira se deve a perspectivas mais otimistas para o rendimento nos Estados de Goiás, Maranhão, Tocantins, Piauí, Pará e Bahia", disse a StoneX em relatório.

"Observou-se ao longo das últimas semanas bons volumes de precipitação em grande parte das regiões produtoras de soja, o que beneficiou a condição das lavouras, principalmente das plantadas mais tarde."

Já a consultoria AgResource divulgou também nesta sexta-feira uma análise mais pessimista da atual safra de soja do Brasil, dizendo que a colheita totalizará 143,92 milhões de toneladas, 5,5 milhões de toneladas abaixo da previsão do mês passado, citando a queda de produtividade.

Visões apresentadas mais cedo nesta semana também indicam uma distância entre as estimativas: enquanto a associação da indústria, a Abiove, estimou a colheita em 153,8 milhões de toneladas, redução de 2,3 milhões de toneladas na comparação com a previsão anterior, a consultoria AgRural apontou na segunda-feira 147,7 milhões de toneladas.

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Caso se confirme a projeção de safra da StoneX, com colheita já realizada em cerca de metade da área total, o maior produtor e exportador global de soja teria uma redução de 4% no volume produzido na comparação com a temporada anterior, que foi recorde.

Mas ainda assim a safra seria a segunda maior da história do Brasil, segundo os especialistas de mercado.

A StoneX ressaltou que "parte considerável da safra ainda precisa ser colhida e, portanto, novas revisões ainda podem ser realizadas".

A StoneX não alterou números de exportações e consumo interno da oleaginosa, estimadas em 93 milhões de toneladas e 57,5 milhões de toneladas, respectivamente.

A demanda doméstica deverá crescer na comparação com as 55 milhões de toneladas da temporada anterior, em meio a uma mistura maior de biodiesel, enquanto a exportação de soja cairá ante as 101,87 milhões de 2023, pela menor oferta, segundo dados da StoneX.

A consultoria elevou ainda as projeções de estoques finais de soja do Brasil para 3,25 milhões de toneladas, contra a estimativa anterior de 2,06 milhões de toneladas e 1,9 milhão na temporada passada.

MILHO

A StoneX praticamente não alterou os números de safra de milho do Brasil em 2023/24, estimando a produção total em 124,44 milhões de toneladas, cerca de 100 mil toneladas a menos que o estimado no relatório anterior.

A AgResource vê a produção nacional de milho em 114,94 milhões de toneladas, 3,27% abaixo da projeção anterior, por conta da menor produtividade esperada.

A ser confirmado, isso seria uma queda acentuada na comparação com o recorde da safra passada, de mais de 139 milhões de toneladas, nas contas da StoneX, cujas previsões denotam uma esperada redução na área plantada, assim como produtividade menor na colheita do milho de inverno.

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A StoneX acredita que o Brasil não exportará tanto milho como na temporada anterior, quando vendeu 54,6 milhões de toneladas ao exterior, patamar que colocou o país no topo do ranking mundial de exportação, à frente dos Estados Unidos.

As exportações brasileiras de milho na atual temporada estão previstas em 45 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno de milho foi mantido em 84 milhões de toneladas, disse a StoneX.

A AgResource vê o potencial de exportação de milho do Brasil em 39 milhões de toneladas nesta temporada.

Em sua revisão de março, a StoneX promoveu um corte marginal na segunda safra 2023/24, para 96,33 milhões de toneladas, contração de 0,1% em comparação com o divulgado no relatório de fevereiro, por uma expectativa menos favorável para a área plantada em Minas Gerais.

A segunda safra de milho no Brasil está em processo de plantio. Já a primeira safra 2023/24 de milho foi estimada em 25,93 milhões de toneladas pela StoneX, estável ante o mês anterior, mas "com a possibilidade de alterações devido à grande quantidade de cereal que ainda deve ser colhida".

O número total para o milho inclui ainda a terceira safra, estimada em 2,19 milhões de toneladas.

(Por Roberto Samora e Ana Mano)

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